O que e como dizer

Muitas vezes não se trata do que dizer, mas sim como dizer. Em determinadas situações é melhor refletir com calma sobre as ações a serem realizadas do que necessariamente as colocar em prática. E assim parece ser o caso da polêmica em torno da mudança dos alunos do Colégio estadual Irmão Germano Rhoden, na Vila Paulista em Toledo, que desde 1983 funciona num prédio compartilhado com a Escola Municipal Carlos João Treis. A Prefeitura de Toledo solicitou a transferência dos alunos porque pretende implantar ali mais uma unidade em tempo integral. Ao menos foi essa a explicação oficial dada.

Não está errada a Prefeitura, assim como também não está errado o Governo do Estado em absorver numa unidade próxima os alunos oriundos da Germano Rhoden. Evidente que nem tudo de fato foi dito nas duas notas oficiais emitidas nesta quarta-feira, numa forma de tentar amenizar um problema que poderia ter sido evitado se todos os envolvidos tivessem sensibilidade, bom senso e transparência nas decisões e nas palavras.

Ora, se esse assunto vem sendo discutido há meses, como informam as notas, então porque somente após uma reclamação formal, durante sessão na Assembleia Legislativa do Paraná, os atores principais resolveram aparecer? Por que não se fez comunicação prévia a quem é de direito, em especial à sociedade toledana? Por que omitir algo tão sério?

Não se trata do que, mas de como dizer. Em comunicação isso é bastante comum, até porque nem sempre 1 + 1 é igual a 2. Palavras podem ser interpretadas de várias formas e, neste caso, faltou transparência e uma comunicação mais objetiva e eficiente. Falou-se pouco, falou-se tarde e falou-se de maneira errada. E tudo errado!

Os alunos serão prejudicados, assim como parte do corpo docente e a comunidade de Vila Paulista que perderá um colégio estadual, sim, da noite para o dia. Existem vários outros exemplos espalhados por Toledo dessa incapacidade em se comunicar na área da Educação no âmbito do Núcleo Regional. O próprio secretário de Estado, quando veio a Toledo recentemente, entrou quase mudo e saiu calado quando questionado sobre alguns problemas históricos, como a demora na entrega do Colégio Jardim Gisele e a inoperância em relação ao prédio abandonado do Colégio Moraes Rego, no Centro. |Some-se a isso, agora, o fechamento de um colégio sem o devido planejamento ou, então, sem a devida comunicação. E quem não se comunica…

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.