O Rio em ebulição. E Toledo?

A semana começou com o Rio de Janeiro em guerra. Literalmente! Dezenas de ônibus foram incendiados, deixando não apenas um prejuízo milionário ao Estado, mas dando um claro recado à população que o crime organizado é quem domina o cenário de guerra, com veículos sendo queimados e usados como barricadas e trancando vias importantes de acesso à cidade, como a Avenida Brasil, paralisada diante da letargia e da incapacidade do governo em reagir ao avanço da criminalidade.

Mas isso acontece num grande centro urbano, com milhões de pessoas e numa geografia completamente diferente da existente em Toledo. Assim está acontecendo em Salvador e em São Paulo, onde regiões inteiras estão sendo dominadas por grupos de criminosos.

Mas pergunta do título é proposital. E Toledo?

Em Toledo as forças de segurança têm agido de maneira muito intensa no combate ao crime, seja com ações de inteligência, seja através de apreensões cada vez mais frequentes de drogas e armas, além de prisões efetuadas para desmantelar verdadeiras quadrilhas instaladas na região, como aconteceu recentemente com envolvidos em roubos de caminhonetes.

Há que se destacar o bom papel que essas forças tem exercido, tanto que o índice de resolutividade de homicídios da 20ª Subdivisão Policial é muito acima da média registrada no Estado do Paraná, assim como o trabalho da Polícia Militar e da própria Guarda Municipal que começou a compartilhar imagens das câmeras de segurança, entre outras ações conjuntas que por enquanto estão conseguindo manter os índices de criminalidade dentro de padrões muito aceitáveis quando comparado a outros municípios.

Entretanto, o papel de segurança pública não é apenas uma função das forças de segurança, até porque é a ausência do Estado junto às comunidades que abrem portas, escancaram espaços e oferecem oportunidades às organizações criminosas. Evidente que o raciocínio não é assim tão simplista, porém, ajuda a compreender melhor o papel de cada agente nesta complexa tarefa de moldar a sociedade dentro daquilo que se espera de um ambiente mais organizado e civilizado, onde cada cidadão possa caminhar na rua sem o medo de ser assaltado a qualquer momento ou então se deparar com cenas de guerra como vimos neste início de semana – mais uma vez – no Rio de Janeiro.

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