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Na faculdade de comunicação social em jornalismo há pouco mais de vinte anos atrás, um professor que dava aula de ética na comunicação e depois também deu aula de direito e leis da comunicação disse o seguinte: “o que é óbvio pra mim não é óbvio para o outro.”
Ou seja, não ache que todos vão entender uma frase pela metade ou o que você acha que está claro numa frase, numa orientação apenas porque “nossa, mais isso é óbvio”. Óbvio pra quem?
Quem está a mais tempo num ambiente de estudo ou trabalho, quem nasceu naquele berço onde o assunto se torna comum, pode parecer sim óbvio. Para quem não tem familiaridade ou está chegando no ambiente, não será.
A comunicação deve ser feita as claras e sem preguiça. Sim, sem preguiça, pois em várias situações, duas ou três palavras a mais resolveriam o problema que muitas vezes gera uma dezena de problemáticas variadas que demandam tempo para serem resolvidas, geram rusgas e quem sabe dias de alguns incômodos. Muitas vezes, falhas na troca de informações podem gerar frustrações e comprometer o desempenho da equipe ou com a família.
Nossa, mas que óbvio escrever isso. Pra que se gastar escrevendo sobre algo assim? Pois é, porque o que é óbvio pra você, pode não ser para mim. E se cada vez que pensar em falar “é óbvio” e lembrar desta perspectiva já vai ter valido a pena escrever este editorial “tão óbvio”.
Esta frase chave da comunicação “o que é óbvio pra mim não é óbvio para o outro” não é apenas uma frase, ela é uma mudança geral na forma de olhar as condições da vida, da comunicação, da convivência com os demais.
Após adotar essa nova visão, apenas observe como muitas coisas ficarão mais fáceis, simples e com melhor compreensão ao seu redor. A empatia nessas horas acaba sendo mais exercitada quase que de forma natural.
Seja no trabalho ou com a família, uma comunicação eficiente evita mal-entendidos, conflitos desnecessários e retrabalho.
A habilidade da comunicação clara é tarefa diárias, é com o tempo que conseguimos ir ajustando uma prática mias clara de expressar o que pensamos ou desejamos.