Opções

Todo começo de semana recebemos o boletim informativo das vagas de emprego de todo o Paraná. E são muitas as oportunidades.

Na semana passada discutíamos sobre as gerações, falamos em entrevista com o presidente da Acit, Cristiano Rocha sobre a diferença das gerações e o mercado de trabalho, nosso especial do fim de semana foi sobre esse mesmo assunto: como as gerações encaram o trabalho e como era há alguns anos ou décadas atrás.

Pois bem, o que pudemos claramente perceber é que quando se tem oferta demais, o critério para assumir uma vaga fica mais elevado.Há pouco tempo atrás, falamos de 25 a 30 anos, as pessoas iam nas filas de vagas de emprego e assumiam a oportunidade que tinha disponível no mercado e que o empregador acreditava ser compatível com o que você já sabia fazer ou atuar. E se conseguisse a vaga do emprego depois de várias avaliações e teste, ficava bem feliz que estava empregado e a carteira assinada.

Antes disso nem precisamos ser específicos pois oportunidade de emprego era bem escassa.

Nos dias de hoje, a vaga esta disponível, as funções exigidas estão lincadas e o empregador quase precisa implorar para alguém assumir. Se esse profissional assume, é mais um suplício pra saber se ele será comprometido e ficará no emprego ou a primeira oportunidade que surgir com um salário um pouco mais alto, ele irá aceitar.

Entre amigos conversávamos sobre ética, aquela que pai e mãe ensinam sabe? De chegar para alguém e explicar o que está acontecendo, no caso de uma nova oportunidade de emprego, antes de aceitar, sentar e conversar com o patrão, criar um elo de credibilidade nos lugares que trabalha e por onde passa, ser comprometido e saber o valor que tem seu trabalho não apenas no lado financeiro, mas na parte social também. Claro, ninguém é obrigado a trabalhar num emprego que não gosta, fazendo o que não quer, mas então por que se candidatar? Precisava daquele emprego, então seja sincero com seu empregador, diga que não é o que deseja fazer pra vida e que assim que receber uma oportunidade de trabalho na área que almeja irá sair.

Pelo lado do empregador fala-se que a remuneração é baixa. Pois bem, remuneração é algo que condiz com muito requisitos e nem vamos entrar no assunto de escolaridade, tempo de experiência, impostos pois isso é muito abrangente.

O que tem se observado muito é que as pessoas preferem trabalhar na informalidade pra ganhar um pouco a mais e esquecem da importância de pagar um INSS de autônomo ou um plano de aposentadoria privada para garantir seu futuro quando não mais puder prestar serviços. Garantir também sua segurança de trabalho em caso de algum acidente e tantas outras coisas que a carteira assinada garante ao trabalhador.

Percebe-se nesses momentos que a população não sabe como funciona o sistema público, que alguém paga pra alguém receber e que a roda precisa girar. Percebe-se também um país falido de cultura, educação e de pessoas que precisam receber esse pouco a mais por mês pra poder sustentar sua família e não consegue planejar o futuro. Percebe-se que estamos vivendo consequências. E quem arca com elas?

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