No domingo (5), após um hiato de praticamente 30 anos, os motores voltam a roncar em Toledo, que receberá uma prova de kart. Uma espécie de renascimento de uma modalidade que tem um passado brilhante com a revelação de grandes nomes do automobilismo nacional e até internacional. Um renascimento também porque a Copa Toledo de Kart será disputada num circuito de rua montado na área do Parque do Povo Luiz Cláudio Hoffmann, algo muito semelhante ao que acontecia na região do Parque Ecológico Diva Paim Barth até a construção do antigo kartódromo localizado na região do Jardim Porto Alegre.
Para os amantes da velocidade uma oportunidade de relembrar tantas histórias e começar a testemunhar novas. Quem sabe o incentivo que faltava para se iniciar um trabalho de reconstrução, não apenas da modalidade, mas de um espaço adequado para o kartismo voltar a uma das cidades mais apaixonadas por velocidade em todo o Paraná. Não é sonho pensar num novo kartódromo, quem sabe até mesmo na área onde existe hoje o Autódromo Rafael Sperafico, às margens da BR-163, na saída para Quatro Pontes.
Ali não haveria – ao menos pelos próximos anos – a preocupação com a expansão residencial e a pressão política como aconteceu no processo de fechamento do antigo kartódromo, transformado no Parque Urbano Frei Alceu. Hoje, por exemplo, atividades e eventos no Centro de Eventos Ismael Sperafico causam tanta ou mais poluição sonora que os karts, uma tendência que deverá ficar ainda pior com os novos loteamentos aprovados no entorno do parque de exposições.
No mundo inteiro os autódromos coexistem com as cidades e suas diversificadas populações. No Brasil mesmo, Interlagos está ‘no meio’ de São Paulo e, ao invés de tentar fechar o autódromo, tem-se procurado mais e mais eventos que ajudam a movimentar a economia pela quantidade de pessoas envolvidas.
No passado Toledo se beneficiou demais disso, afinal, o antigo kartódromo era apontado por especialistas do setor como um dos melhores do país na década de 90 e início dos anos 2000 e a realização da Copa Brasil foi a apoteose deste processo, reunindo centenas de pessoas de outros municípios e estados, além de nomes que mais tarde brilharam nas pistas do mundo todo. Um brilho que se apagou com o fechamento do kartódromo e que pode retornar com o primeiro passo dado pela Copa Toledo de Kart.
