Para onde estamos indo?

De uns tempos para cá parece que o mundo virou de cabeça para baixo, mas no Brasil essa ‘onda’ chegou tal qual um tsunami. Talvez seja o acesso às redes sociais e a ‘midiatização’ de tudo e todos. Hoje se uma pessoa dá um pum – e o leitor perdoe o exagero – logo ‘viraliza’. Nessa ‘terra de ninguém’ nas qual as redes sociais se transformaram, virou moda falar de qualquer assunto que, por mais banal que seja, provoca reações das mais variadas e tresloucadas, com muita gente se deixando influenciar pelos modismos de hoje que, amanhã, literalmente, desaparecem.

Não precisamos ir longe para perceber o quanto a sociedade está passando por um momento delicado. São tantas as notícias de tragédia que fica difícil não pensar num desequilíbrio completo. Valores morais foram atirados no lixo. E não se trata aqui de defender ideologias, mas apenas de uma constatação através de um simples comparativo com outras épocas. Não que tragédias não acontecessem no passado. Mas a proporção delas está ganhando um contorno dantesco.

Tiros em escolas paranaenses, assassinatos em várias cidades da região Oeste e crimes bárbaros e tragédias em Toledo. Isso sem mencionar nas traições, vídeos expondo a intimidade das pessoas sem o menor pudor ou constrangimento, entre outros absurdos. Não se trata de um retrocesso ou de ser retrógrado no discurso, mas sim de provocar uma reflexão em nossos leitores para saber até mesmo se essa é apenas uma impressão de dentro da redação do JORNAL DO OESTE.

Talvez seja hora de parar um pouco, por ‘o pé no freio’, respirar e analisar o que está acontecendo diante de tantas casos bizarros, de tantas loucuras que parecem transformar o ser humano no pior dos animais. Fica até difícil imaginar até onde vai a capacidade da mente humana em arquitetar determinadas coisas, como essa semana com um bebê de apenas 40 dias com múltiplas fraturas.

É muito triste ter de noticiar casos assim e o da morte dessa jovem em Cascavel. Isso enche de preocupação a todos que trabalham com o jornalismo sério e responsável que tentamos manter no JORNAL DO OESTE. É nosso dever enquanto jornalistas trazer estes e outros fatos desagradáveis da sociedade. Infelizmente.

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