Perigo anônimo

No último fim de semana, uma adolescente de 14 anos moradora de Toledo foi resgatada pela Polícia Civil no interior de Santa Catarina após cerca de 15 dias desaparecida. A polícia investiga o caso como sequestro, porém, fica o alerta dado pelo delegado-chefe da 20ª Subdivisão Policial, doutor Alexandre Macorin: os pais precisam estar atentos aos perigos escondidos não apenas nos jogos eletrônicos, mas também neste mundo virtual anônimo.

Nos últimos anos, a popularidade dos jogos online cresceu exponencialmente, atraindo milhões de jogadores de todas as idades. Contudo, essa ascensão deveria ser uma preocupação entre os pais, especialmente em relação à segurança dos menores de idade. Um dos principais receios é a influência negativa de adultos mal-intencionados que podem usar essas plataformas para assediar crianças e adolescentes, como ficou muito claro neste episódio envolvendo esta menor toledana.

Afastar os menores 100% do tempo do mundo virtual é praticamente impossível, afinal, quase tudo hoje gira em torno daquilo que envolve celulares, tablets, computadores, etc. Mas é preciso -e possível – buscar um equilíbrio e estabelecer limites. Há ferramentas que auxiliam neste tipo de controle, porém, é preciso que as famílias se envolvam mais na educação dos próprios filhos. Sim, é cada vez mais difícil diante do ritmo alucinado dos dias de hoje, entretanto, tem sido cada vez mais comuns relatos de casos envolvendo jovens que não apenas são sequestrados ou abusados, mas que chegam a cometer crimes ou até o suicídio pela influência negativa deste universo anônimo e digital.

Além dos riscos diretos de interação, há também preocupações sobre o tempo excessivo gasto nos jogos, que pode levar à dependência e a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Atividades ao ar livre ajudam a combater este ‘mal do século’ e que veio para ficar, portanto, quanto mais rápido se aprender a lidar com ele, melhor será a relação familiar e o bem-estar dos menores.

A internet, apesar de suas inúmeras vantagens, pode ser um terreno perigoso para crianças e adolescentes, ainda em fase de formação de seu caráter, de sua personalidade. A conscientização e a educação são as melhores armas para prevenir e combater os crimes virtuais contra menores, garantindo que eles possam explorar o mundo digital com segurança.

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