Pesquisa

Entra eleição, sai eleição, é sempre a mesma discussão quando o assunto é a realização de pesquisas eleitorais no Brasil. Tamanha discussão talvez seja fruto de uma regulamentação mais rígida em relação à contratação dos institutos e também a própria fiscalização de alguns deles. Engraçado, no entanto, é observar as reações de alguns dos envolvidos nos levantamentos feitos, como aconteceu em Toledo desde que o JORNAL DO OESTE soltou – primeiro em seu site – o resultado da primeira pesquisa de intenção de voto na corrida eleitoral deste ano.

A turma do ‘paz e amor’ foi quem mais gralhou, como fossem apenas as pesquisas divulgadas pelos amigos do rei as válidas. Lembra muito o que se passou na eleição de 2020, quando pesquisas fraudulentas foram sendo divulgadas sem o menor constrangimento. O resultado das urnas mostrou quem estava certo e quem não estava, embora o estrago de verdade já tivesse sido feito.

Nas pesquisas divulgadas pelo JORNAL DO OESTE na eleição passada, em todas o resultado foi muito próximo do resultado final que as urnas apresentaram, mostrando a lisura e a seriedade com a qual este assunto tem sido tratado nos últimos anos. A ‘choradeira’ antecipada parece ser uma característica natural de quem não aceita o contraditório ou se desaponta com aquilo que a realidade mostra. É a história de defesa da democracia, desde que a opinião apresentada seja aquela que se deseja ouvir.

Mas isso também é natural dentro do processo eleitoral brasileiro, onde ao invés de haver uma evolução, parece que partidos e candidatos em geral caminham no sentido oposto, numa tentativa de manutenção de um sistema cada vez mais falho e desacreditado pela absoluta falta de percepção de quem o mantém de que a sociedade não aceita mais determinadas atitudes, entre elas a de autoritarismo pleno.

Dentro deste contexto, o JORNAL DO OESTE não irá se furtar na confecção e publicação de pesquisas que retratem o cenário atual, seja em Toledo ou qualquer uma das cidades onde circulamos. Até porque a pesquisa é o retrato de um determinado momento, sendo este bastante flexível dentro do sempre imprevisível jogo de tabuleiro da política nacional.

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