As recentes projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) apresentaram um panorama detalhado das transformações demográficas que moldarão o futuro do Paraná e do Brasil. Os dados servem como base para a formulação de políticas públicas para atender de maneira adequada às mudanças iminentes.
O Paraná, atualmente, tem 11,44 milhões de habitantes. Na projeção de crescimento, até 2044, a população deverá atingir 12,46 milhões – apontado como ponto máximo. A partir de 2044, a análise aponta que a população tende a declinar. A análise é importante tendo em vista a necessidade de um planejamento estratégico para gerenciamento de recursos e serviços necessários a uma população crescente, e consequentemente pensado nessa redução. O que está em ascensão é a expectativa de vida dos paranaenses passando de 72,2 anos em 2000 para 76,8 anos em 2024 – a projeção é para alcançar 83,9 anos em 2070.
As projeções evidenciam o envelhecimento da população paranaense. A idade média deve subir de 36,4 anos em 2024 para 48 anos em 2070. Atualmente, a proporção de idosos é de 17% e deverá saltar para 36,9% – no mesmo período. O número de pessoas com 60 anos ou mais passará de 2,01 milhões para cerca de 4,23 milhões.
Diante do inevitável envelhecimento da população é primordial a eficácia de políticas públicas para entender tal demanda, especialmente, nas áreas de saúde, previdência e serviços sociais. Com o aumento da longevidade e da mudança no perfil etário cabem medidas que visem garantir uma qualidade de vida digna para a população idosa.
A taxa de fecundidade no Estado – atualmente a mais alta do Sul do Brasil – é de 1,59 filhos por mulher, superior à média nacional de 1,57 e às taxas dos estados do Sul. A redução geral da taxa de fecundidade – sendo analisada mediante a tendência nacional – é impulsionada por urbanização, maior participação das mulheres no mercado de trabalho, aumento da escolaridade e acesso a métodos contraceptivos.
As projeções demográficas do IBGE e do Ipardes ajudam a compreender as mudanças no perfil populacional e suas consequências no futuro. O planejamento e a adaptação das políticas públicas serão essenciais para o enfrentamento dos desafios do envelhecimento populacional e as mudanças nas taxas de fecundidade. Saber como utilizar esses dados de forma estratégica ajudará a construir um futuro mais equilibrado e sustentável.
