Preocupação generalizada

À medida que o fim de ano se aproxima e os movimentos contrários ao resultado do 2º turno das eleições prosseguem em vários pontos do país, tem aumentado o temor sobre o futuro do Brasil a partir de janeiro de 2023, caso o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva seja ou não empossado. Ah, sim, muitos dos que estão nas ruas defendem a volta do regime militar, algo que nem dentro das casernas parece estar sendo discutido ou então é uma hipótese muito pouco provável de acontecer.

O não concordar com o resultado da eleição é algo natural em qualquer parte do mundo, afinal, ninguém gosta de perder. Ainda mais por uma margem tão estreita em se considerando o tamanho de um país como o Brasil. O que não é natural é a manutenção de um clima de provocação de ambas as partes. Tanto vencedores quanto vencidos parecem não perceber a necessidade de acabar com a disputa eleitoral. É o chamado descer do palanque.

No caso do Brasil nenhum dos lados desceu do palanque ainda. Tampouco parecem estar dispostos a fazê-lo tão breve. Esse clima de incertezas em parte é gerado também pela omissão de ambas lideranças dos ‘dois exércitos’ de seguidores fiéis. Jair Bolsonaro e Luiz Lula da Silva parecem gostar do papel exercido durante a árdua campanha eleitoral e seguem falando e agindo como se esta ainda não tivesse sido concluída.

Prova desse comportamento é a oscilação do mercado financeiro, além do jogo de barganha iniciado no Congresso Nacional mirando não apenas o futuro governo, como a própria estrutura da Câmara Federal e do Senado. Ah, nem vamos mencionar as decisões arbitrárias e absurdas do Supremo Tribunal Federal sob o risco de sofrer algum tipo de sanção, até porque o STF parece viver uma realidade paralela, distante do calor das ruas e de seus cidadãos.

A preocupação tem sido generalizada com as consequências que o país poderá sofrer daqui por diante, afinal, o clima de incerteza apenas cresce à medida que o ano passa e os dias para a posse presidencial se aproximam. Em todos os setores a pergunta é praticamente a mesma: o que vai acontecer? E as respostas também são muito parecidas: impossível prever.

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