Prevenção

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Hoje vou contar uma história pessoal. Em 2011 eu trabalhava num órgão do governo ao qual pude acompanhar o nascimento desse programa que mora em meu coração. Iniciaram os estudos para formação de um programa que mitigasse problemas de situação de urgência e emergência nos ambientes escolares. Em 2012 nasceu o programa de política de governo, Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola com parceria das secretarias de estado da Segurança e da Educação e também a Casa Militar – Defesa Civil. O secretário de educação deste período era Flávio Arns e o coordenador estadual da defesa civil, Tenente Coronel Barros. Ambos eram muito engajados em mitigação de eventos e problemas. Ambos trabalhavam em prol, cada um na sua área e com um mesmo olhar, de evitar que qualquer criança e adolescente sofresse com um episódio dentro do ambiente escolar com um acidente ou algo similar. Uniram suas equipes de trabalho com o objetivo de inserir nas escolas o programa e ensinar sobre prevenção de princípio de incêndios, primeiros socorros, plano de abandono, sinalização de segurança e tantos outros detalhes importantes para segurança das escolas.
A Lei levou um tempo pra sair até tudo ser bem afinado. E foi. O programa é referência nacional.
Os professores e diretores, a princípio, não entendiam essa necessidade até começarem a observar que, já no primeiro módulo do curso, não era apenas um curso a mais, uma ação que a escola deveria realizar, mas que o seu aperfeiçoamento em conhecimento de auxílio em uma situação de emergência era mais importante que um dia ele havia imaginado e que todo esse processo fazia também com que os alunos aprendessem não apenas no ambiente escolar, mas em tantos outros lugares a observar quais são as saídas de emergência, capacidade de pessoas adequadas num espaço de aglomeração, ações mitigatórias.
Enfim, é um sucesso. O programa exige que profissionais da escola estaduais recebam uma formação adequada de brigadista escolar e que a escola passe por simulações de plano de fuga/abandono para treinamento da comunidade escolar em caso de necessidade. Cada município adotou o programa conforme seu alcance de atendimento. Nisso, não consigo ser precisa de como estão as cidades de forma geral no estado em relação a exigência da Brigada Escolar atuante nas escolas municipais. Iremos verificar quais são as posturas tomadas e as exigências da secretaria de educação de Toledo e manter nossos leitores informados.
Ontem observamos com o episódio do princípio de incêndio na escola municipal em Toledo a eficiência do preparo, dos profissionais saberem como evacuar um prédio em segurança. Todos ficaram bem fora o susto que esperamos em breve passar para todos.
Investir em planos de mitigação é sem sombra de dúvidas uma forma eficaz dos governos evitarem muitos problemas maiores e mais caros. Isso não apenas relacionado a uma brigada em ambientes escolares, hospitalares, mas programas de prevenção de doenças, separação adequada e coleta correta dos resíduos, educação no trânsito e tantas outras ações que com campanhas bem aplicadas e permanentes, incutem no cidadão a importância de realização daquela prevenção e também se sentem pertencentes aquela cidade com mais orgulho por serem de alguma forma exemplo por terem índices mais baixos de acidentes de trânsito por exemplo, ou toneladas a mais de lixo bem separados e reciclados e por aí vai.
Investir na educação nunca, e isso faço questão de reforçar, nunca é demais.