Protagonismo do Oeste
O tema do Prêmio Amop de Jornalismo deste ano não poderia ser melhor: o Oeste como Protagonista. E há tantos aspectos onde a região se destaca que fica difícil elencar um apenas. Evidente que a força do agronegócio e sua profundidade no impacto às economias e às sociedades das cidades da região é o agente principal. Nem poderia ser diferente numa região que se acostumou a ousar e vencer quando o assunto é o agro. Mas há muitos outros que ao longo do tempo foram ganhando espaço e tornando a região uma referência, dentro e fora do Paraná.
O protagonismo do Oeste hoje acontece na área da saúde, como hospitais ícones como a Uopeccan ou então com os cursos de Medicina implantados em Cascavel, Foz e Toledo e que atraem gente do país inteiro. Gente que veio não apenas para estudar, mas também investir e diversificaram o rol de clínicas e consultórios. Universidades cresceram e se expandiram, tornando o oeste paranaense um dos mais completos e qualificados quando o assunto é o ensino superior.
Na esteira deste sucesso vieram os parques tecnológicos, com destaque para o PTI de Foz e o Biopark em Toledo, exemplos do quanto ainda é possível crescer e atrair novos investimentos em áreas sequer imaginadas há alguns anos, quando apenas soja e milho dominavam o cenário cortado ao meio por ruas planejadas e uma ‘nova cidade’ que brota onde antes havia apenas plantação.
Mas esse protagonismo não se replica na política, por exemplo, onde a representatividade oestina vem sofrendo, especialmente a do extremo-oeste. Essa ausência de espaço ampliada nos últimos anos se reflete na falta de uma melhor estrutura logística, com claros sinais de deficiência nas estradas – federais e estaduais – bem como a demora de obras estruturantes, como foi o caso do Trevo Cataratas, em Cascavel, que só saiu do papel porque a falcatrua do pedágio foi descoberta e um acordo ‘salvou’ uma parte daquilo que havia sido retirada de uma sociedade que contribui muito com o desenvolvimento do Paraná e que deveria ser melhor respeitada.