Protesto pelos menores
No final da fria tarde desta quarta-feira (29), um grupo de cidadãos de Toledo se reuniu em frente ao Fórum Municipal para protestar contra o aumento de casos de pedofilia. O grupo Toledo Contra a Pedofilia pediu leis mais rígidas e punições mais severas para quem comete este tipo de crime que choca, causa constrangimento e repulsa. Que irrita e causa comoção. Crime que afeta a formação do ser humano muitas vezes em sua idade mais pura, mais tenra. Crime que destrói sonhos, sepulta fantasias, concretiza a maldade humana em sua mais covarde manifestação.
O protesto pelos menores é um recado aos poderes constituídos que o atual sistema que aí se apresenta não é mais suficiente. Aliás, há muito tempo o brasileiro consciente sabe que o país caminha a passos largos para o precipício, algo que só aconteceu ainda pelo tamanho da nação. Mas que também não muda justamente porque uma parte considerável da sociedade se omite, se cala, se esconde.
Este grupo resolveu mostrar a cara. E a indignação!
Trata-se de um grito coletivo de indignação, um clamor por justiça que ressoa após a rápida liberação do professor acusado de crimes hediondos contra os mais vulneráveis de sociedade toledana. O professor foi preso na quarta-feira da semana passada pela Polícia Civil que tem, de acordo com informações, provas substanciais dos crimes de pornografia infantil, pedofilia e cyberbullying. Mas a Justiça acabou o liberando dois dias depois porque, no entendimento da juíza, não havia elementos suficientes para o manter preso.
Quais elementos seriam então necessários aos olhos cegos da Justiça para manter o suspeito preso? Fotos e vídeos coletados pela Polícia não bastam?
Esta manifestação é muito mais do que um ato de protesto e tem o objetivo de despertar na sociedade a necessidade de proteger os menores, garantir que se sintam seguras em suas escolas, em suas comunidades, em seus lares. É assegurar que a impunidade não seja a norma, que a justiça seja feita, que os culpados sejam responsabilizados pelas vias legais e não que não haja uma carnificina com justiceiros realizando por conta própria as tarefas que nem sempre os meios legais cumprem de maneira adequada.