Quando a maioria quer

Nada menos que 79% dos paranaenses aprovam a decisão do governador Carlos Massa Ratinho Junior em não apenas manter, mas também de ampliar o funcionamento de escolas no modelo cívico-militar. Ao menos é o que apontam os dados de uma pesquisa contratada pela Associação dos Jornais e Portais do Paraná e realizada pelo Instituto IRG. A determinação do Governo do Estado é manter algo que a maioria da população paranaense experimentou e gostou dos resultados apresentados até agora e que poderia sofre uma interrupção após a decisão do Governo Federal em descontinuar o programa em nível nacional, que contava com 202 unidades em todo o País.

Na prática, o Governo do Estado vai incorporar gradativamente a administração de 12 colégios que são administrados pelas Forças Armadas no Paraná. Com isso, as unidades de ensino que seguem o modelo cívico-militar passarão de 194 para 206 após a conclusão da migração, que deve acontecer entre o final de 2023 e o início de 2024. O objetivo do Estado, nos próximos anos, é chegar a 400 escolas neste modelo.

A decisão de ampliar os investimentos neste tipo de administração escolar se deve à grande adesão de pais, com filas de espera para a realização de matrículas nas unidades existentes, à taxa de frequência dos estudantes e ao desempenho das escolas cívico-militares no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Atualmente, o Paraná já lidera o ranking nacional de estados com mais escolas cívico-militares. O Estado aparece à frente de Goiás, na segunda colocação com 124 colégios, e da Bahia, em terceiro lugar com 121 unidades.

Mas não é apenas o desempenho escolar que produziu esse efeito maciço de aprovação entre a população paranaense. Fato é que, onde as escolas foram implantadas – como é o caso de Toledo – o próprio comportamento dos estudantes mudou, afinal, as regras são outras, bem mais rígidas que numa escola de ‘padrão normal’. Evidente que não se pode transformar as escolas em ‘mini quartéis’, entretanto, fica evidente pelo índice apresentado na pesquisa da ADI que os resultados estão sendo satisfatórios. Dentro e fora das salas de aula.

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