Reação imediata
O G7, grupo das 7 lideranças do setor produtivo do Estado do Paraná comemorou a retirada da pauta, da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, o Projeto de Lei 498, que trata da criação da contribuição do setor agroindustrial para o Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado do Paraná – FDI/PR. Em regime de urgência seriam debatidos assuntos importantes, como a privatização da Copel, o aumento da alíquota básica de ICMS de 18% para 19%, o aumento da alíquota de ICMS para o setor de bebidas e ainda a exigência de contribuição para o Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado do Paraná, o tal FDI/PR.
O G7 congrega a Faciap, Ocepar/Fecoopar, Fecomércio/PR, Faep, Sistema Fiep, Fetranspar e ACP. Mas outras entidades também se manifestaram estado afora contra o projeto que, na prática, quer aumentar impostos. O que também irritou os dirigentes foi no mesmo ‘pacote’ ter sido enviado um projeto aumentando gastos com pessoa pela criação de novas secretarias. Uma mudança sem o menor cabimento diante do momento delicado pelo qual atravessa o país e pior: taxando um dos principais setores para a manutenção da boa condição econômica.
Se o Paraná hoje pode se orgulhar de bons números de sua economia em outros setores, até alguns anos era o agro quem mantinha as contas em dia. Além disso, o Paraná é um exemplo do retorno que os bons investimentos trazem e aí entra o papel determinante das cooperativas e suas iniciativas de diversificar a produção paranaense, de ampliar investimentos, em melhorar a condição logística. O mais recente e gigantesco exemplo disso está localizado na Região Oeste, com a construção do frigorífico da Frimesa que, quando estiver em sua capacidade máxima de produção, se tornará o maior frigorífico da América Latina.
Este tipo de proposta, enviada nas ‘sombras’, em nada contribui para serenar os ânimos e trazer a tranquilidade necessária para atravessar a reta final de 2022 e iniciar 2023 com melhores perspectivas. Menos mal que as entidades ligadas ao setor produtivo, como as que formam o G7, e os parlamentares ligados ao agronegócio conseguiram frear, ao menos por enquanto, a ânsia em aumentar o peso sobre os ombros do cidadão comum.