Santo de casa…
Nesta quinta-feira (2), no Empório Santa Maria em Toledo, a dupla Fer & Ju vai estrear uma nova fase. Um caminho mais autoral e voltado ao mundo sertanejo. Trata-se de DVD dinâmico e a dupla gravará dez canções e, na sequência, acontecerá um show completo, com direito a viola, sanfona e banda. Na verdade este espaço não vai se dedicar a divulgar ainda mais a dupla, mas sim em enaltecer a qualidade dos artistas toledanos, muitos deles completamente ignorados em seu próprio quintal.
A lista de gente com talento local que precisou sair em busca de outras oportunidades, em outras cidades – e até estados – é imensa. Artistas, escritores, pintores, dançarinos, coreógrafas, bailarinas, cantores e cantoras da mais alta qualidade que no âmbito local sequer tinham espaço nos bares e restaurantes, quem dirá em teatros ou outros espaços. É a velha máxima do santo de casa…
Mas não são apenas Fer & Ju que estão demonstrando ser possível não sair de Toledo para fazer sucesso. Outro grande artista local com alcance nacional é Márcio Franz, o popular Formiga, que estrelou vídeos e shows da banda Rosa de Saron, uma das mais conceituadas dentro do rock católico e com milhares de fãs em todo Brasil. Formiga segue dando suas aulas de teatro em Toledo e, quando consegue, participa ativamente das ações do Rosa.
E tantos outros poderiam ser acrescentados à lista de grandes talentos locais que, sim precisam de espaço para aparecer, precisam de apoio para sobreviver de sua arte, seja ela em qual área for. Temos o exemplo da Escola de Circo e seus talentos valiosos.
‘Ah, mas eu não gosto disso, prefiro aquilo’. Ótimo. Viva a democracia! Não importa o gosto e sim a existência da arte em si, desde que respeite a diversidade e o pensamento contrário, é claro. Limites existem para serem respeitados. Neste sentido o JORNAL DO OESTE tem procurado ao longo de sua história valorizar os talentos locais e regionais, divulgando tudo e todos dentro daquilo que é socialmente aceito pela maioria. Com respeito à pluralidade de pensamentos que é a marca da cultura brasileira em toda sua história.
Que mais santos de casa possam, não fazer milagres, mas ao menos serem mais respeitados pela comunidade onde vivem, se relacionam, interagem e ensinam.
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