SAS em debate

Em primeira mão o JORNAL DO OESTE, através de sua Coluna do Editor, alertou sobre um processo licitatório de transferência do SAS (Sistema de Atendimento à Saúde) de Toledo para Assis Chateaubriand. Este é o ‘plano de saúde’ dos servidores públicos estaduais e, pelo que determina a legislação, o atendimento deveria ser feito onde estão as sedes das regionais. Fosse seguida a legislação, não estaria havendo nenhuma discussão sobre esse movimento sorrateiro na área da saúde. Mais uma vez!

Mais que o SAS, o debate precisa ser ampliado porque não afeta apenas aos servidores do Estado, mas outras centenas, milhares de pessoas atendidas. Isso sem mencionar em toda estrutura de saúde e o que gira em torno dela em Toledo. Ampliado porque não é a primeira vez que a saúde pública em Toledo é prejudicada por uma decisão política e de interesses duvidosos.

No auge da pandemia de covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde, sem qualquer tipo de critério técnico, retirou alguns leitos de UTI para levar ao Hospital Beneficente Moacir Micheletto. A mesma coisa está sendo feita agora com o atendimento através do SAS.

Ao menos agora existe a manifestação dos próprios servidores, haja vista a classe política, em geral, ter ficado calada diante de um novo absurdo que sequer observa critérios técnicos. Uma Câmara de Vereadores que, exceção à vereadora Olinda Fiorentin, se aquietou diante da pressão política feita a partir da Assembleia Legislativa e das benesses do Governo do Estado.

Aliás, aonde estão as lideranças do setor de saúde em Toledo que aceitam medidas sem qualquer embasamento? O que há por trás de mais essa manobra? Há conivência, medo, subserviência? O que acontece nos bastidores de tão forte, capaz de mudar o destino de leitos de UTI e agora do atendimento inteiro do serviço de saúde dos servidores paranaenses?

Toledo, uma vez mais, paga o preço de sua arrogância e incompetência em não ter eleito representantes junto ao Governo do Estado, ficando à mercê de aproveitadores que aparecem vez em quando, trazem uns ‘caraminguás’ e levam embora milhões, isso sem falar nos milhares de votos que voam, escorados por vereadores locais que adoram apoiar algumas figuras da política estadual e aparecerem nas fotos. Papagaios de pirata que rapidamente se transformam em avestruzes, com os pescoços agora enfiados em buracos difíceis de serem encontrados, mas que em 2024 estarão aí de novo.

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