Sutis mudanças
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Na semana passada o jornal britâncio Financial Times e a consultoria argentina GMA Capital apresentaram estudo onde aparece a moeda argentina sendo a moeda com maior valorização mundial em 2024. O peso argentino alcançou alta de 44,2%, o segundo colocado foi a lira turca, com 21,2%, ou seja, uma alta de mais de 100% da segunda colocada. Esse estudo também apresentou que o salário mínimo do país vizinho quase dobrou no primeiro ano de mandato do atual presidente Javier Milei.
Já se percebe uma sutil mudança no comportamento econômico da tríplice fronteira aqui no Paraná. Visitar os países vizinhos para compras em Ciudad del Leste ou Salto del Guaíra, no Paraguai e Puerto Iguaçu na Argentina é comum para os morados aqui da região oeste. Nos últimos anos, quem passeasse nestas cidades observava muito brasileiro comprando e os moradores argentinos e paraguaios em sua maioria ocupando apenas postos de trabalho. Também era comum observar nossos vizinhos transitando por Foz do Iguaçu para trabalhar ou fazer compras em mercado, farmácias ou posto de combustíveis.
O que deu pra perceber nesta primeira semana do ano, neste fim de semana, foi uma mudança de comportamento pelos estabelecimentos em Foz e no Paraguai. Nos restaurantes, shoppings e lojas das cidades, muitos argentinos estavam fazendo passeios em famílias, reunidos em grupos de amigos e fazendo compras. O que há bem pouco tempo atrás não era comum e para nós, que acompanhamos a queda gradativa da Argentina, deu aquela alegria no coração em observar essa mudança.
Há muito a ser feito por lá e isso é falado quase diariamente nos noticiários argentinos, porém muito já está sendo feito e em pouco tempo visto e sentido por sua população.
A única coisa desagradável foi a falta de educação sanitária dos hermanos: vimos lixos serem jogados no chão e mesas em ambientes públicos serem deixadas com todo seu dejeto. Isso eles precisam aprender com nós brasileiros que o lixo é no lixo e nas praças de alimentação as bandejas devem ser recolhidas para os próximos poderem utilizar as mesas. E nós, bom nós temos que aprender com eles a avaliar melhor a economia e ver o que precisa ser feito para que não ocorra conosco o que eles sofreram por lá por décadas.