Terra é coisa séria

O governador Carlos Massa Ratinho Junior convocou, nesta segunda-feira (29), uma videoconferência com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para buscar respostas às invasões indígenas nas cidades de Terra Roxa e Guaíra, próximas à fronteira com o Paraguai.

Ratinho Junior destacou que o Estado quer evitar uma escalada violenta na região, após as ocupações de diversas áreas produtivas desses municípios. O governador já tinha conversado, na semana passada, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, buscando uma solução rápida e pacífica para o problema.

Solução que já poderia estar sacramentada não fosse a intransigência do atual Governo Federal em ressuscitar assuntos já resolvidos anteriormente, como é o caso desta questão da propriedade da terra. Além disso, a conivência com esse tipo de ação orquestrada é que reforça o clima de instabilidade e de hostilidade.

O próprio governador admitiu que “teremos um ambiente muito hostil na região”. Isso porque, também de acordo com o governador, “os agricultores já estão cobrando uma solução em relação à reintegração de posse e o Estado vai ter que se posicionar juridicamente para cumprir a função que é da Polícia Federal. Mas isso é algo que não gostaríamos de fazer, até porque é uma obrigação federal”.

Obrigação que o ente federal não cumpre. Aliás, isso não chega a ser novidade, pois de uns tempos para cá as obrigações federais são ignoradas sem a menor cerimônia, a não ser quando se trata da ânsia em recolher mais, mais, mais e mais impostos. Algo que tende a piorar com a aprovação da nova reforma tributária que irá centralizar ainda mais a distribuição de verbas.

Mas terra é coisa séria, ainda mais quando se tratam de propriedades rurais e numa das regiões mais eficientes quando o assunto é o agronegócio. Além disso, pela própria característica da região, muitas das propriedades são de famílias que há décadas se sustentam e que, do dia para a noite são, literalmente, invadidas.

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