Treinamento e solidariedade
No dia 7 de janeiro, a rádio operadora do 19º Batalhão da Polícia Militar, soldado Solange, respondeu a uma chamada de emergência que reportava uma pessoa engasgada com um pedaço de carne. Demonstrando notável calma, profissionalismo e conhecimento técnico, a policial foi capaz de fornecer instruções precisas por telefone, orientando os familiares sobre a execução da manobra de Heimlich, usada para ‘desafogar’ pessoas em situações como essa. A agilidade e eficácia demonstradas pela policial militar nesse momento crítico destacam sua capacidade exemplar, dedicação e competência em servir e proteger a comunidade, que, mesmo à distância, teve uma atuação crucial para salvar uma vida.
Já nesta quinta-feira (11), o soldado Carlos Ramos, também graças ao treinamento e à empatia, conseguiu evitar que um jovem cometesse suicídio ao tentar se jogar da passarela próxima ao Centro de Eventos Ismael Sperafico em Toledo.
Nos dois casos é preciso destacar a capacidade técnica dos militares. Cada um numa função diferente, Solange e Ramos conseguiram salvar vidas. Além disso, ambos demonstraram a serenidade necessária para atuar com profissionalismo numa situação de estresse tão elevado. Mas é a empatia com o próximo que precisa ser destacada com maior ênfase, afinal, isso demonstra que a Polícia Militar, assim como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e todas as demais forças que atuam na segurança pública, são feitas de pessoas e que estas ainda se preocupam com outras pessoas.
Os dois casos ocorridos em menos de uma semana em Toledo podem até ser comuns para estes profissionais, capazes de atuar em situações bem mais perigosas, entretanto, para quem está do lado de cá, não pode ser encarado apenas como ‘algo normal’, pois em geral no Brasil existe o preconceito sobre a atuação da polícia e o policial acaba virando alvo, quando na verdade apenas executa aquilo para o qual foi preparado.
Quantos já não ouviram ameaças aparentemente inocentes para crianças levadas: “Se você não se comportar eu chamo a Polícia” ou então “olha a Polícia aí”, como fossem os policiais seres de outros planetas ou monstros terríveis que somente perpetuam o mal.
Policiais são pessoas e, como tal, também erram, também se estressam, têm lá seus problemas, como qualquer outro profissional. Mas Solange e Ramos deram demonstrações vitais para o cidadão seguir acreditando não apenas na Polícia Militar, mas principalmente no caráter de quem integra a corporação.