Um ano sem pedágio

O Paraná completou nesta semana um ano do fim da concessão dos pedágios do antigo Anel de Integração. Desde que o atendimento às rodovias estaduais e federais voltou a ser responsabilidade do Governo do Estado e da União, o investimento está sendo intenso em programas de obras, conservação, segurança e prestação de socorro.

O governo estadual, através do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), tem garantido até 2023 a aplicação de R$ 222.425.887,78 previstos em contratos para as rodovias que eram pedagiadas. Isso até o próximo contrato ser concluído e as novas concessionárias reassumirem as antigas praças e construírem as novas previstas no modelo quem tem sido alvo de polêmicas antes mesmo do fim do contrato.

Até agora os serviços são realizados diariamente pelo DER/PR. Os contratos garantem conservação do pavimento, incluindo remendos superficiais e profundos, reperfilagem e microrrevestimento, conservação da faixa de domínio, como controle da vegetação próxima ao pavimento, limpeza e recomposição de elementos de drenagem, limpeza e recomposição da sinalização, entre outros.

O governo federal vem conduzindo o processo da nova concessão, embora o assunto tenha sido deixado de lado um pouco em função da disputa eleitoral. Os dois primeiros lotes já foram liberados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a expectativa do Estado do Paraná é que o novo programa de concessões rodoviárias tenha tarifas justas.

Mas apenas tarifas justas não bastam, afinal, neste um ano sem pedágio foi possível perceber que mais importante que as tarifas são as obras necessárias para modernizar as estradas paranaenses. É justamente um grande pacote de obras necessárias o grande sonho para consolidar o Paraná como um dos principais hubs logísticos da América do Sul.

Hoje é impensável qualquer objetivo de investimentos maiores com uma rodovia entre o oeste e a capital com a maioria do trecho em pista simples ou uma ferrovia cuja demora para escoar produtos através do Porto de Paranaguá inviabiliza determinadas ações.

Um ano se passou e a ‘economia’ trazida com o fim da tarifa veio também com a paralisação completa de obras. O que o paranaense sonha nem tanto é celebrar o fim do pedágio, mas sim em trafegar por vias seguras e modernas, com preço justo e sem ser lesado em acordos descobertos serem tão nocivos ao cidadão comum.

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