Um candidato pra chamar de seu…

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral em deixar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro até 2030 abre espaço para uma ampla discussão na direita brasileira: quem poderá ocupar esse espaço? O próprio Bolsonaro poderia ser candidato, já que sua punição é válida até a véspera do primeiro turno? Seria momento para uma mudança no discurso tão radical?

Esses e outros questionamentos começam a surgir entre os opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, embora venha cometendo alguns erros grotescos e repetindo ideias do passado, hoje praticamente não tem opositores à altura para uma eventual disputa em 2026. Daí a necessidade de uma reestruturação urgente por parte da chamada direita e que ganhou fôlego com a disputa acirrada na eleição passada.

Dois nomes surgem com maior destaque, até pela proximidade com Jair Bolsonaro. O primeiro nome é da esposa Michelle; o segundo é do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro. Mas ambos enfrentam a resistência e a herança da rejeição que o próprio Bolsonaro tem e criou em torno de si diante do comportamento radical e que lhe custou a reeleição.

Seria o caso de mudar o perfil então? Para uma corrente, que começa a ganhar mais força nos bastidores, é hora disso. É momento de começar a preparar terreno pensando na frente. É sacrificar 2026 para sonhar com 2030.

E aí dois nomes – entre tantos outros que poderiam surgir no meio do caminho – surgem com maior força dentro deste novo conceito: dos governadores Ratinho Junior (Paraná) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul).

Ambos têm perfis muito semelhantes. São relativamente novos no cenário político nacional, conseguiram se reeleger na disputa estadual – Ratinho com uma vitória esmagadora no primeiro turno –, enfrentam pouca resistência nos respectivos estados e têm grande chance de sonhar com voos mais altos diante dos resultados apresentados.

De qualquer maneira, a direita tenta se reorganizar, juntar os cacos após a decisão do TSE em cima de Bolsonaro e buscar um novo caminho a seguir, mas dessa vez não mais pautado em cima de um nome, de um mito, mas de lideranças capazes de unir forças em torno de si, buscarem o diálogo e, diante de problemas, enfrentá-los sem radicalismo. Até lá a direita precisa de um candidato pra chamar de seu…

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