Velhos hábitos…nova realidade
O mundo vive uma nova realidade diante da pandemia do novo coronavírus e ainda se vive um tempo de adaptações. Nos países onde essa adaptação foi mais rápida, os sinais de recuperação começam a ser notados, inclusive com o retorno – gradual – à nova rotina, até porque o mundo não será como era antes, ao menos não até a descoberta de uma vacina para enfrentar a Covid-19. No Brasil, onde o respeito às regras não é uma regra, observa-se um país dividido, atordoado diante de informações controversas, de medidas tão distintas de um Estado para outro e com efeitos igualmente distintos. A disputa ideológica, política e eleitoral na qual se transformou a questão de saúde pública tem deixado um rastro letal e com efeitos ainda não completamente conhecidos diante das incertezas ainda presentes.
O brasileiro segue agindo como sempre o fez, mesmo diante desta nova realidade que exige sacrifícios, obediência, respeito (a si próprio e ao próximo) e, acima de tudo, consciência de não ser mais possível manter velhos hábitos. Pegando o exemplo de Toledo, onde o número de casos desta nova doença é ainda bastante baixo quando comparado ao tamanho de sua população, certamente isso só acontece por motivos desconhecidos e pela determinação de terem sido adotadas medidas mais radicais no início da pandemia.
Após a flexibilização das regras o que se viu foi um aumento do número de casos e a completa irresponsabilidade de uma boa parcela da população. Algumas regras seguem sendo obrigatórias, como o uso de máscaras, distanciamento social e de se evitar aglomerações. Na prática observa-se muitas pessoas sem máscara ainda, frequentando locais com muita gente e ainda sem manter o distanciamento, isso sem mencionar quem tem viajado com frequência para visitar amigos e familiares em cidades próximas na região, numa clara demonstração do brasileiro sendo brasileiro.
De nada adianta decretos, leis ou até mesmo corte marcial quando a população não sabe se comportar com a devida responsabilidade. Por mais que os agentes públicos e os profissionais do setor insistam em alertar sobre os riscos que está se correndo, ainda assim há quem não acredite na gravidade da doença e até mesmo de sua existência. E dessa forma, mantendo velhos hábitos diante dessa nova realidade, fica difícil vencer uma batalha ainda longe de terminar.