A célula do egoísmo venceu mais uma batalha…

“A vida passa rápido” é uma expressão que quanto mais tempo se vive com mais frequência se escuta. Entretanto, não damos a devida atenção e seguimos com nossos comportamentos competitivos, mesquinhos e egoístas sem entender que a nossa natureza é colaborativa, generosa e altruísta. A semana que termina foi difícil pelo desastre na região que levou muitas vidas e me solidarizo com todos aqueles por ele afetados. Na esfera pessoal, o egoísmo, a mesquinhez e a competição ceifaram mais uma vida, ainda que a pessoa levada fosse colaborativa, generosa e altruísta. O que aconteceu?

Uma pessoa querida partiu precocemente sem que fosse um acidente. Ela foi acometida pela célula do egoísmo. O cientista Antônio Nobre do INPE fala do Amor Incondicional (https://youtu.be/I7cf7ZiB3Ig) a partir de uma analogia sobre a natureza biológica do nosso corpo que é regido por esse amor. O nosso organismo não tolera células competitivas, mesquinhas e egoístas, embora nós vivamos assim, muitas vezes. Ele lembra que cada célula carrega em si todo o genoma humano, entretanto com a sua função limitada a um papel. Células nervosas cumprem a sua função, assim como as células epiteliais as suas. Elas têm essa função impressa no seu DNA e cumprem com a sua rotina de forma colaborativa, generosa e altruísta para manter o organismo vivo e funcional. Por vezes, porém, uma ou outra célula entra em modo de competição ao adotar comportamentos mesquinhos, convertendo-se numa célula egoísta ao exacerbar a sua função e o seu tamanho. A célula esquece de ser colaborativa, querendo apenas ocupar mais espaço; deixa de ser generosa, avançando nas funções alheias; e ignora sua natureza altruísta, sobrepondo-se as demais células. Alguma conexão com a nossa realidade social? Contudo, sempre que o organismo detecta uma célula que se desvia da sua função, ele chama o sistema imunológico para resolver a situação. A célula egoísta é convidada a se retirar do sistema e, muitas vezes, a situação se resolve para o bem geral do organismo. Outras vezes, porém, o sistema imunológico, a polícia do bem estar, não consegue controlar a situação porque a célula egoísta não atende ao seu chamado. Nesse momento, o organismo deixa de ser regido pela lei do Amor Incondicional e passa a ser dominado pela célula competitiva, mesquinha e egoísta que termina por matar todo o sistema. Esta semana uma célula egoísta se saiu vitoriosa e levou uma amiga que sempre foi colaborativa, generosa e altruísta. E nas nossas famílias, organizações e na sociedade qual é o tipo de célula que se sobressai?

Entendo ser urgente que a nossa natureza biológica humana, e divina, se imponha às nossas escolhas “racionais” que seguem premiando a competição, estimulando a mesquinhez e fomentando o egoísmo. No planeta, tivemos a presença de um Ser Humano e Divino que representava o Amor Incondicional e nós o mat+amos com as nossas escolhas racionais. E assim seguimos a matar o Amor Incondicional ao não sermos colaborativos, generosos e altruístas nas relações conjugais em que o resultado é o quase desaparecimento da família; nas organizações ao criar ambientes tóxicos regidos pela ansiedade e o estresse; na sociedade ao conceber ações que desestimulem a colaboração, a generosidade e o altruísmo. Seguimos matando. Com isso, aproximamo-nos de um ponto sem volta para o planeta que não suporta o nosso comportamento individual e coletivo em que nos constituímos como verdadeiras células do fim do mundo. Por fim, é tempo de trazer à tona a nossa natureza biológica humana de ser colaborativo, generoso e altruísta para que possamos nos reencontrar com a nossa essência divina de Amor Incondicional.

Finalmente, se a célula do egoísmo venceu mais uma batalha ao levar uma amiga, que ela não vença a guerra nas nossas relações pessoais e coletivas. Eis a nossa escolha, porque “a vida passa rápido”!

Moacir Rauber

Blog: www.facetas.com.br

E-mail: mjrauber@gmail.com

Home: www.olhemaisumavez.com.br

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