A Inovação – da Imaginação ao Movimento, o AFETO: Utopia?
O AFETO é muito mais do que uma palavra utópica: é uma necessidade humana básica. As mudanças tecnológicas aceleraram há algumas décadas e tudo indica que sigam acelerando nas próximas. A partir do primeiro computador eletrônico e o advento das redes sociais, com destaque para a inteligência artificial e a robótica que estão presentes nas revoluções biológicas e tecnológicas em curso, aumentou-se a excitação de alguns e criou-se pânico em muitos. Fala-se da singularidade, em que máquinas fazem homens mais inteligentes, da disrupção, que rompe paradigmas, e da exponencialidade, os resultados no consumo, comportamentos, costumes e tecnologia, como uma tendência. Entendo que toda a imaginação presente nesse movimento pode nos levar a distopia. O antídoto para a distopia pode ser o afeto. Porém, como falar de AFETO nesse contexto?
Os eixos temáticos Imaginação, Movimento e Afeto dentro da Inovação refletem uma alternativa para a distopia sem ser utopia. Inclusive, são temas singulares, disruptivos e exponenciais ao resgatar as necessidades básicas humanas, muitas vezes, não contempladas no cenário das atuais revoluções em curso, entre elas a tecnológica, a biológica e a comportamental. E onde está a conexão com a inovação? No sentido dos eixos temáticos citados. Importante lembrar que INOVAÇÃO é o processo de criar, introduzir, renovar ou recriar algo de maneira diferente, nova, podendo ser tratada como sinônimo de mudanças. As palavras Imaginação e Movimento igualmente contemplam o conceito de inovação. Para o bem ou para o mal? Chega-se ao Afeto. Desse modo, a Inovação pode ser o caminho para a utopia em que viveríamos num sistema perfeito como resultado da ação de colocar em movimento a nossa imaginação. Com AFETO pode ser realidade. Porém, a inovação igualmente pode nos levar para a distopia em que a imaginação e o movimento produzam uma realidade opressiva, assustadora e totalitária. Sem AFETO pode ser realidade. Desse modo, a INOVAÇÃO como resultado da IMAGINAÇÃO e do MOVIMENTO pode nos aproximar da UTOPIA ou nos levar para a DISTOPIA. A resposta vem da intenção que está no AFETO. Cabe destacar que resgatar o AFETO como substantivo de emoção intencional de amor, carinho e amizade é singular e disruptivo nas revoluções em andamento e produzirá resultados exponenciais no movimento e na imaginação, levando-nos a inovar com sentido. Basta lembrar que as necessidades básicas do Ser Humano não mudaram, ainda que as revoluções citadas tenham trazido muitas mudanças.
Nesse processo, é indispensável se perguntar: para quê inovar? O AFETO está presente? Se sim, é hora de usar a imaginação e o movimento para inovar. Responder a essas perguntas vai dar sentido ao constante aprimoramento durante a vida (lifelong learning); e vai respaldar que o conhecimento adquirido seja orgânico, móvel, não-linear e integrado, aproximando-nos da utopia, afastando-nos da distopia. É essencial gerar novos conhecimentos; é fundamental criar novas ferramentas; entretanto, é impositivo resgatar e manter o AFETO para que o conhecimento e as ferramentas inovadoras façam sentido. Conclui-se que a saída é para dentro. É fundamental a coragem de conhecer-se, aceitar-se e superar-se para afetar com AFETO. São verbos reflexivos em que a ação, em primeiro lugar, se volta para si mesmo, e em seguida se reflete na interação com o outro. Resultado? O mundo inova transformando-se num lugar melhor a partir da IMAGINAÇÃO e do MOVIMENTO de quem se conhece, se aceita e se supera com AFETO.
Enfim, se a imaginação e o movimento não afetarem com afeto, para quê afetar? Utopia ou distopia? São apenas palavras. A presença do AFETO na tua IMAGINAÇÃO e no teu MOVIMENTO é a realidade em construção que se traduz em INOVAÇÃO fazendo deste um mundo melhor a partir das intenções e das ações. Não é UTOPIA!
Moacir Rauber
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