Biopark promove palestra sobre verdades e mentiras relacionadas a saúde da mulher
O evento faz parte das ações realizadas pelo Parque Tecnológico na campanha Outubro Rosa
Durante a palestra com o tema “Fato ou Fake” a Dra. Naura Tonin Angonese, que é especialista em ginecologia e obstetrícia, abordou verdades e mentiras relacionadas a saúde da mulher. O evento que aconteceu nesta segunda-feira, 31, no auditório do Biopark, reuniu colaboradoras, e empreendedoras do Parque Tecnológico. Foram abordados temas como câncer de mama, uso de anticoncepcional e doenças sexualmente transmissíveis. “O Biopark está sempre avante e inova até mesmo na forma de passar a informação. Recebi o convite para que eu trouxesse novidades em termos de medicina e prevenção de uma forma leve e com interação. A palestra tem como principal motivo, gatilhos para a saúde da mulher e fornecer conhecimentos e atualizações que serão ferramentas para a mulher se cuidar”, enfatiza a Dra. Naura.
A ação realizada pelo Parque Tecnológico faz parte da campanha Outubro Rosa. “Outubro é internacionalmente conhecido por ser o mês que trabalha a proteção da saúde da mulher, mas, é fundamental que a gente estenda esse mês por todos os meses do ano; para que as mulheres sempre procurem prevenir doenças para melhorar sua qualidade de vida, fazer diagnóstico precoce, viver de uma forma mais saudável e com muito amor próprio”, ressalta a Dra. Naura.
A médica enfatizou que entre os fatores de risco para o câncer de mama estão a idade da primeira menstruação menor que 12 anos; menopausa após os 55 anos; predisposição genética (BRCA1 e BRCA2); nuliparidade; primeira gravidez após os 30 anos; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcóolicas; dietas hipercalóricas e sedentarismo.
O alerta para o câncer de mama deve ser voltado ainda para genética. Dados apontam que 15% a 20% dos casos estão associados a história familiar. Que têm na família um caso, tem duas vezes mais chance de ter a doença. Se forem dois, o risco é seis a sete vezes maior. O fenótipo do risco genético tem como características a doença antes dos 50 anos, ter dois ou mais familiares com câncer de mama ou câncer de mama e câncer de ovário juntos. “30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como a prática de atividades físicas; manter o peso corporal adequado; evitar o consumo de bebidas alcóolicas e para quem tem filhos, amamentar o bebê o máximo de tempo possível. Não fumar e evitar o tabagismo também podem contribuir para a prevenção da doença”, explica a Dra. Naura.
Na ocasião, as participantes tiraram dúvidas, como por exemplo que o uso de anticoncepcional de forma contínua não dá câncer e que a mamografia pode ser dolorida para algumas mulheres, mas, que é rápida e existem remédios que amenizam a dor. “A abordagem de um tema como esse é fundamental para esclarecer e orientar sobre as diversas formas de prevenção e autocuidados da mulher”, comenta a analista de suporte às empresas do Biopark, Mayara Izidro.
A gerente administrativa do Biopark, Clair Dieterich explica que ações como essa aproximam as mulheres que estão Ecossistema. “É criar uma identidade de tal maneira que elas passem a acreditar naquilo que é dito para elas porque é algo verdadeiro, da rotina e que acontece com as mulheres. Quando nos damos conta que podemos passar por todos esses problemas percebemos o quanto isso é importante”, diz.
No evento, as mulheres do projeto “Amigas do Bem Viver”, que realiza trabalhos com mulheres que tiveram ou estão em tratamento para o câncer de mama, fizeram uma apresentação musical e uma troca de experiências com depoimentos de quem já venceu a doença. “Precisei passar por tudo isso para olhar para mim e olhar para as pessoas que estão ao meu redor e ver que o que importa mesmo são os sentimentos. O fato de estar aqui hoje, viver e falar o que sentimentos é importante porque amanhã podemos não estar mais”, ressalta a voluntária que venceu o câncer, Leila Dullius.
Ações do Outubro Rosa – Durante o mês de outubro o serviço social do Parque Tecnológico promoveu ainda uma ação com o ônibus da Unimed Costa Oeste, na qual a equipe do Programa Saúde Corporativa realizou aferição de saúde arterial, orientações sobre o autoexame das mamas, técnicas de alongamento, orientação nutricional e dinâmica psicossocial. Aconteceu também a ação de mamografias gratuitas em parceria com a Diagnose; a atividade “Aulão de Yoga”, com a instrutora Mariana Paludo, na Queijaria Flor da Terra e a arrecadação de fraldas geriátricas, kits de higiene pessoal e alimentos não perecíveis para o projeto “Amigas do Bem Viver”, uma associação que tem foco no compartilhamento de informações e experiências que envolvem o autocuidado e o cuidado com o outro; favorecendo o desenvolvimento de hábitos e comportamentos que proporcionem uma vida mais confortável e natural durante todo o processo de tratamento do câncer.
Saudável ou tóxica? O perigo das comparações
Segundo a pesquisa da instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, as taxas de ansiedade e depressão entre jovens de 14 a 24 anos aumentaram 70% nos últimos 25 anos. O motivo, segundo a pesquisa, é a relação com as redes sociais, sendo que 70% (90% no caso das meninas) dos entrevistados revelam que aplicativos de compartilhamento de imagens, como o Instagram, fazem com que eles se sintam mal com relação à autoimagem. Esses dados são uma amostra do impacto que as comparações podem ter na nossa vida.
“A comparação é algo comum do ser humano, porém com o uso das redes sociais ocorre um excesso dessa ‘métrica’, pois tudo o que está lá parece melhor e mais bonito do que o que temos em casa. As pessoas são sempre mais bonitas, mais felizes e, mesmo que saibamos que isso nem sempre condiz com a realidade, acabamos criando uma relação tóxica”, explica a coach, palestrante e diretora da Febracis Paraná, Daniella Kirsten.
Daniella conta que as comparações excessivas podem nos levar para um caminho de muita infelicidade, impactando inclusive nas nossas decisões. “Quando a gente tem muitas referências acabamos não entendendo o que realmente faz sentido para nós. Com isso é possível que tomemos decisões baseadas numa sensação de frustração e não necessariamente naquilo que queremos para a nossa vida. O ideal é criar um filtro, para que o tóxico se transforme em saudável. Para isso, o autoconhecimento é o melhor caminho”, afirma a coach.
Entenda seus valores – Os valores são regras individuais que orientam, como bússolas internas, as nossas relações, as decisões, o propósito de vida e as ações de cada um. Entender qual é a expressão do que é valioso para si facilita a tomada de decisão sobre o que fazer e o que permitir na sua vida. “Valor é tudo aquilo que não tem preço. São conjuntos de atitudes e posturas diante da vida que são inegociáveis. Saber identificá-los pode ajudar a guiar a vida e as atitudes, nos fazendo entender porque devemos seguir por um caminho, ou não”
Para entender sobre os seus valores, Daniella indica uma boa dose de reflexão sobre o que se deseja e uma avaliação se isso está dentro da sua vida. “Quais são os seus valores? Até onde eu aceito ir para atingir os meus objetivos? Com essas respostas fica mais fácil usar as comparações de forma saudável e construtiva”, finaliza.
Dicas para não cair na cilada da comparação:
- Reflita sobre os seus valores e entenda qual é a tua história
- Reconheça as suas limitações e recursos, entendendo que todos têm problemas
- Use as histórias de vida para te inspirar e não para comparações rasas
- Não perca tempo olhando se a grama do vizinho é mais verde que a sua. Use esse tempo para criar as melhores estratégias para a sua vida
- Seja gentil com você, foque no que você tem e reconheça as suas conquistas
- Agradeça por tudo o que tem e pelas pessoas que estão ao seu lado
- Não se vitimize, encare o problema e busque um caminho que te traga satisfação
