Mauro Picini – Sociedade + Saúde 05/07/2023

5 dicas para encontros LGBTQIA+ que todos deveriam colocar em prática

Os aplicativos de namoro continuam sendo uma das formas favoritas de muitos para encontrarem um parceiro. De acordo com um estudo da Bumble, o aplicativo de namoro baseado em relacionamentos gentis, saudáveis e igualitários, nos últimos dois anos, 1 em 3 (36%) entrevistados experimentaram apps de namoro pela primeira vez. Na verdade, a comunidade LGBTQIA+ está muito mais aberta a usá-los, já que quase 70% dos entrevistados (71% bissexuais e 62% outros grupos LGBTQIA+) relataram ter usado aplicativos de namoro, em comparação com 43% dos entrevistados que se identificaram como heterossexuais.
Dr. Humberto Valle, um psicólogo clínico com mais de treze anos de experiência em transtornos de humor e relacionamentos, compartilhou algumas dicas práticas para maior sucesso no mundo do namoro online.
Valle comenta que criar um perfil em um app de namoro não garante de forma alguma que você encontre o amor da sua vida. No entanto, ele identificou algumas estratégias que aumentam a probabilidade de encontrar um parceiro que se alinhe com os objetivos de cada pessoa.
Expresse suas intenções com clareza e precisão:
“Ao contrário da frase popular ‘os opostos se atraem’, a ciência garante que nos apaixonamos por aqueles que são semelhantes a nós. Ser honesto sobre quem você é e o que deseja aumenta a probabilidade de encontrar pessoas compatíveis e isso é especialmente verdadeiro entre aqueles que procuram relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. Qualquer que seja o tipo de relacionamento que você esteja bsucando, outra pessoa está procurando a mesma coisa”, diz Valle. Aliás, segundo dados do Bumble, no ano passado globalmente, o badge “Estou Procurando Por” (onde é especificado o tipo de relacionamento desejado) foi um dos mais usados pelas pessoas no app.
Um estudo recente do Bumble revelou que quase 7 em cada 10 membros (65%) da comunidade LGBTQIA+ pesquisada não acreditam que os humanos devem ser monogâmicos, enquanto mais da metade dos heterossexuais (52%) concorda com essa afirmação. “Lembre-se que a sinceridade é fundamental para estabelecer um relacionamento genuíno e duradouro, por isso não tenha medo de compartilhar quem você é e o que espera da outra pessoa”, enfatizou Valle.
Esteja ciente dos padrões físicos e ame a si mesmo
De acordo com o mesmo estudo, mais de 6 em cada 10 (65%) entrevistados da comunidade LGBTQIA+ se sentiram constrangidos com seu corpo quase 4 em cada 10 (45%) não se sentem atraentes e uma porcentagem semelhante acredita que a pessoa que eles acham atraente não os escolherá. Em contrapartida, apenas 30% da população heterossexual, independentemente desses padrões, se arrisca na hora do romance.
“Arrisque-se e mostre seu interesse em conhecer alguém de quem você gosta. Como? Faça perguntas que incentivem a outra pessoa a responder em vez de apenas fazer declarações. Fazer perguntas facilita a interação e ajuda a manter o interesse, estabelecendo uma conexão mais autêntica. Lembre-se disso: pesquisas mostram que os usuários avaliam melhor os perfis de pessoas que mantêm a conversa viva e contínua, mesmo os perfis considerados atraentes, mas com menos interação”, diz Valle.
Para promover conexões mais autênticas com base na compatibilidade e no fluxo da conversa, o Bumble apresentou em abril sua nova experiência de “Speed Dating”: onde as fotos das pessoas não são reveladas inicialmente, priorizando a personalidade e a química. Além disso, o aplicativo de namoro anunciou recentemente o próximo passo na integração com o Spotify com o novo recurso ‘Top Artists’, no qual usuários verão artistas musicais selecionados que têm em comum, descobrindo se são musicalmente compatíveis e fornecendo-lhes um tópico de conversa para quebrar o gelo.
A saúde sexual é fundamental, não tenha medo de perguntar.
Certifique-se de discutir abertamente os tópicos relacionados à saúde sexual com seu parceiro em potencial, incluindo a prática de sexo seguro e testes regulares. Valle afirma: “Ter uma conversa honesta e sem tabus sobre esses tópicos é essencial para garantir a segurança e o bem-estar de ambos os indivíduos em um relacionamento. Lembre-se de que o consentimento e a comunicação clara são cruciais para manter uma saúde sexual positiva e satisfatória”.
Destaque os aspectos interessantes do seu perfil
As pessoas geralmente não leem longos parágrafos em perfis de apps de relacionamento, então seja claro e conciso sobre o que é importante para você e destaque suas qualidades interessantes. “Uma regra simples a seguir na hora de criar o seu perfil é usar 70% do seu espaço para falar sobre você e os 30% restantes para descrever o que você procura em um parceiro”, diz Valle.
Quer destacar seu perfil? De acordo com os dados do Bumble, adicionar mais de três fotos ao seu perfil pode aumentar as chances de obter mais correspondências em até 70%, enquanto a conclusão do processo de verificação de fotos no aplicativo pode adicionar um aumento de até 82%.
Divirta-se e cuide sempre do seu bem-estar físico e mental
Os aplicativos de namoro devem ser divertidos e não parecer uma tarefa cansativa. “Se você achar que está ficando chato ou que os apps estão afetando negativamente sua autoestima, faça uma pausa e tente algo diferente. Aproveite o processo e mantenha uma atitude positiva, pois isso atrairá pessoas com a mesma opinião. E, finalmente, é uma boa ideia mudar em um ritmo com o qual ambas as pessoas se sintam confortáveis. Seja transparente sobre se você pretende ou não se encontrar pessoalmente com a sua conexão em algum momento. Lembre-se de que bate-papos de longo prazo não são para todos e podem não ter a mesma riqueza que um encontro cara a cara, então fale abertamente e esteja pronto para ouvir o que o outro quer”, aconselha o especialista.
O Bumble entende que a jornada de namoro pode ser um pouco opressiva às vezes, e é por isso que apresenta à sua comunidade a funcionalidade “Soneca”. Isso permitirá que as pessoas mantenham as conversas e conexões existentes enquanto ocultam seu perfil de novas conexões até que se sintam prontas para voltar ao mundo do namoro. Eles podem até deixar uma mensagem avisando seus pretendentes que farão uma pausa na busca por um novo amor. Outra opção disponível é o modo anônimo do Bumble, que mantém os perfis das pessoas ocultos, visíveis apenas para aqueles que você se conectou.
Se a qualquer momento as pessoas se sentirem vulneráveis, em uma situação potencialmente insegura, ou tiverem dúvidas sobre a identidade de alguém que conheceram no aplicativo, elas sempre podem usar os recursos de verificação de foto, desfazer conexão ou de bloqueio e denúncia do Bumble, todos disponíveis no aplicativo.

SOBRE O BUMBLE – Bumble, o primeiro aplicativo de namoro e rede social onde as mulheres dão o primeiro passo, foi fundado pela CEO Whitney Wolfe Herd em 2014. O Bumble conecta pessoas em namoro (Bumble Date), amizade (Bumble BFF) e networking profissional (Bumble Bizz). O Bumble se baseia na importância de relacionamentos equitativos e em como eles são cruciais para uma vida saudável e feliz. Eles construíram sua plataforma em torno de bondade, respeito e igualdade – e sua comunidade desempenha um papel importante nisso. O Bumble responsabiliza seus usuários por suas ações e se esforça para fornecer a eles uma experiência livre de ódio, agressão ou intimidação. O Bumble é gratuito e amplamente disponível na Apple App Store, Google Play Store e na web

Comunicação Não-Violenta: por relações mais saudáveis e paz mental

Vanusa Cardoso – psicóloga, master coach e professora da Fritz Müller – Hub de Conhecimento

Por Vanusa Cardoso*

A maior parte dos conflitos que temos com outras pessoas, seja em ambientes pessoais ou corporativos, é causada não propriamente pela divergência de opiniões e, sim, pela forma como expomos nossas ideias. E um fato da existência humana é: inconscientemente utilizamos formas de comunicação violenta. Em um mundo de superinformação e estímulos, precisamos ficar cada vez mais atentos à forma de nos expressarmos. Quem atentou para a importância da Comunicação Não-Violenta (CNV) foi o psicólogo Marshall Rosenberg, que desenvolveu o conceito com o intuito de estimular as pessoas a construírem relações mais empáticas.
De um modo geral, as pessoas nem pensam como elaboram a atividade cotidiana de se comunicar, pois isso é automático. No campo corporativo isso não é diferente. Muitas atitudes são tomadas e validadas no nosso cotidiano mesmo sem termos consciência de que fazem parte de uma comunicação ruim. Por exemplo: quando uma conversa se torna um monólogo, no qual somente uma pessoa fala e não tem espaço para escuta, há violência ali. Outro cenário: quando o líder compara seus colaboradores – pode gerar desmotivação, principalmente se o “alvo” não conseguir se igualar ao colega que foi usado como modelo.
Mas, mesmo sendo corriqueira, a atividade comunicativa deve ser compreendida e pensada, principalmente pelo emissor da mensagem – porque dessa iniciativa pode se obter o retorno positivo ou não dos colegas. Para se fazer uma comunicação limpa, livre de julgamentos, de discriminação e com escuta é que se precisa aprender sobre Comunicação Não-Violenta.
Quando nos propomos a falar sem julgamento e escutar genuinamente, temos a oportunidade ímpar de vivenciar relacionamentos mais saudáveis. A Comunicação Não-Violenta se baseia em habilidades de linguagem que reforçam a conexão do indivíduo com suas necessidades profundas, para que ele possa deixar claro para o outro o que deseja e, desse modo, seja capaz de estabelecer um diálogo mais assertivo.
Muitos dos conflitos que existem no ambiente de trabalho acontecem pelo modo como as coisas são ditas. Não raro, o conteúdo do que se deve dizer não é dos mais agradáveis, mas dizê-lo displicentemente, piora a situação. A forma como cada um se comunica é explicada por quatro perfis comportamentais na comunicação: o comportamento passivo, o passivo-agressivo, o agressivo e o assertivo.
No comportamento passivo a pessoa concorda com tudo que é dito, mesmo sem estar de acordo. Ela guarda muita emoção para si e num determinado momento pode explodir. Por sua vez, o comportamento passivo-agressivo traz o discurso não dito, ou seja, a pessoa tem algo a dizer, mas não diz. Infelizmente acaba falando “pelas costas” das suas ideias e inquietações, o que nem sempre é compreendido.
Já no comportamento agressivo tudo é dito e de qualquer maneira, doa a quem doer. Isso gera muitos conflitos e uma tensão desnecessária no ambiente de trabalho. E, por fim, o comportamento assertivo, aquele que deve ser almejado. Com essa postura, o comunicador se expressa de forma adequada, diretamente e com respeito para com os demais.
Para melhorar a sua comunicação é preciso, primeiramente, compreender em que perfil você se encaixa. O passo seguinte é treinar a habilidade de não fazer julgamentos (o que gera reações defensivas com quem se comunica) e exercitar a sua mente para que, cada vez mais, você seja capaz de se expressar com compaixão. A Comunicação Não-Violenta é uma porta que abre novas possibilidades, que proporciona crescimento pessoal – e mais do que isso: que gera saúde mental num contexto de hiperatividade e hiper conexão.
*Vanusa Cardoso é psicóloga e professora da Fritz Müller – Hub de Conhecimento. Fala de forma aprofundada sobre este tema no curso Comunicação Não-Violenta – CNV, com inscrições abertas no site da instituição.

Sobre a Fritz Müller – A Fritz Müller – Hub de Conhecimento é uma instituição genuinamente catarinense que atua como um polo de conteúdo para o desenvolvimento das relações de mercado e melhores práticas no mundo dos negócios. Focada nas conexões que o conhecimento pode proporcionar, a Fritz Müller oferece cursos e pós-graduações com base nas demandas empresariais, valorizando pessoas através da capacitação profissional, visando sempre a evolução sustentável de empreendimentos e da sociedade.

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