Mauro Picini – Sociedade + Saúde 06/09/2023

29 ª edição do Suespar começou no último dia, 17, em Foz do Iguaçu

Mais uma edição do tradicional Suespar (Simpósio das Unimeds do Estado do Paraná) está chegando! Com a temática central “Valor em Saúde: do Conceito à Prática”, o evento foi realizado entre os dias 17 e 20 de agosto, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu. O evento reúne cerca de 800 convencionais, entre dirigentes, cooperados e colaboradores e conta com a participação de nomes reconhecidos pelo mercado, visando amplificar o debate sobre questões tão impactantes para a gestão de saúde.


O Suespar deste ano, propõe discutir o equilíbrio entre a satisfação e a experiência do cliente, com as atividades assistenciais e o custo obtido durante o ciclo do cuidado, posicionando o paciente no centro de toda a operação.
Nesta edição, o Simpósio traz uma novidade! Além da temática geral, abordada, especialmente, nas plenárias, o Simpósio também está dividido por trilhas, organizando os mini eventos em cinco principais subtemáticas (Mercado, Saúde, Inovação, Cooperado e Institucional), quatro plenárias especiais, que abordarão questões como inovação em saúde, inteligência artificial, valor em saúde e, como palestra magna, o tema “Saúde Suplementar: Cenário Futuro”, que encerra a programação, na tarde do dia 20 de agosto.
Entre os palestrantes confirmados estão o médico ginecologista e obstetra que é o atual presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior, com a Palestra magna – Saúde Suplementar: Cenário Futuro; Vera Valente, a advogada e engenheira é diretora-executiva da FenaSaúde desde 2019; José Cechin, superintendente-executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar – IESS; Alexandre Holthausen Campos, o médico atua como diretor-superintendente de Ensino na Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein; Helton Freitas, Presidente da Seguros Unimed desde 2015; Rodrigo Bornhausen Demarch, é diretor de Inovação do Hospital Israelita Albert Einstein, e cofundador e CEO da startup Zetta Health Analytics; e o juiz federal Clenio Jair Schulze, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).


Mais informações sobre a programação do evento podem ser acessadas no site: https://www.suespar.com.br/

Setembro Amarelo: Especialista aborda a relação entre saúde mental e trabalho

Médico do trabalho explica que o trabalho saudável pode ser uma prevenção ao suicídio

No Setembro Amarelo, campanha global de prevenção ao suicídio, a discussão entre a relação do trabalho e saúde mental fica ainda mais evidente, principalmente depois do estudo apontado pela International Stress Management Association (ISMA) , onde o Brasil se posiciona em segundo lugar global em diagnósticos de Burnout. O médico do trabalho e autor do livro “O que ninguém te contou sobre Burnout” (Editora Mizuno), Marcos Mendanha, explica que apesar do debate sobre o assunto, é importante ressaltar que ter uma boa relação com o trabalho pode ser inclusive uma prevenção ao suicídio.
“Embora não seja uma doença mental, o burnout se assemelha a um quadro de fadiga e se caracteriza por exaustão ou esgotamento, distanciamento mental do trabalho e das pessoas do trabalho – uma espécie de “frieza”, e sensação de ineficácia. Se não for bem tratado, o burnout pode dar lugar a um adoecimento mental verdadeiro, por exemplo: depressão, transtorno de pânico, entre outros. Os professores são um grupo de profissionais que constantemente enfrentam desafios e pressões em suas carreiras. Esse estresse crônico pode torná-los vulneráveis ao desenvolvimento do burnout ou de doenças mentais”, explica o médico do trabalho e diretor da Faculdade CENBRAP, Marcos Mendanha.
O Japão, por exemplo, é o país que está em primeiro lugar global de acordo com o estudo da ISMA. Em 2017 e 2018, os suicídios foram oficialmente considerados “karojisatus” (ato de tirar a própria vida por conta do excesso de trabalho). Em um caso notório, Matsuri Takahashi, uma funcionária de 24 anos de um escritório de publicidade,tirou a própria vida após fazer mais de cem horas extras nos meses em que trabalhou, em 2015. As autoridades japonesas concluíram que o volume de trabalho excessivo levou à morte da jovem.
“As relações que se estabelecem entre os trabalhadores de uma mesma instituição são frequentemente saudáveis, e quando isso ocorre, o bom trabalho, além de não ser um fator de risco, é um fator de proteção do suicídio”, explicou. Esta constatação reforça a tese de Emile Durkheim, sociólogo e filósofo francês, que vê o suicídio como um fato social, que se torna menos frequente quando os vínculos saudáveis, afetivos e sociais forem os maiores de um indivíduo.
“É verdade que existem trabalhos insalubres, sobrecarregados, assediadores e adoecedores sob todos os aspectos. Mas é inegável que, para a maioria das pessoas, o trabalho continua sendo fonte, não só de sustento, mas de alegria, novas amizades e redes de apoio, e até de sentido de vida”, enfatizou Mendanha.

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.