Mauro Picini – Sociedade + Saúde 10/05/2023

Biopark abre inscrições para I Encontro Alimentos do Futuro

Seminário vai ouvir as demandas da cadeia produtiva da Região para direcionar as pesquisas do setor

Com o intuito de alinhar as linhas de pesquisa e definir as diretrizes de atuação que serão desenvolvidas pelo Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI), além de discutir o futuro da alimentação, tendências e a importância do investimento em pesquisa e inovação nesta área, o Biopark vai sediar no dia 11 de maio, o I Encontro Alimentos do Futuro: “Perspectivas e tendências do setor produtivo paranaense em alimentos saudáveis”.
O evento é voltado para gestores do segmento, especialistas da área, pesquisadores, estudantes, técnicos e público geral interessado. A programação vai contar com mesa redonda e palestras sobre tendências e mercado dentro das temáticas de alimentos industrializados, proteína vegetal e animal. O evento acontece das 9h às 17h, no auditório da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Biopark, e os interessados devem se inscrever por meio do link https:biopark.com.br/napi.
Segundo o diretor do Biopark Educação, Paulo Rocha, o principal objetivo é ouvir o desejo do setor produtivo. “Vamos reunir a cadeia produtiva com as instituições que atuam em pesquisa de alto nível trazendo tudo o que há de tendência para que possamos discutir e entender melhor as demandas que a cadeia produtiva tem, assim, direcionando os nossos esforços de pesquisa nesta direção”, relata.
O encontro é uma promoção do Biopark, Biopark Educação, Fundação Araucária, Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI-PR), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e EMBRAPA.

NAPI – Os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação são redes colaborativas de pesquisa voltadas à ativação e à consolidação de ecossistemas de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná. A ênfase está na melhor mobilização e integração entre território, empresas líderes, terceiro setor e fatores-chave de desenvolvimento das regiões do Estado.
Os NAPIs focam em áreas prioritárias para o desenvolvimento do estado, promovendo criação de riqueza e qualidade de vida de forma sustentável, levando à maior assertividade dos instrumentos de apoio da Fundação Araucária e, consequentemente, melhor retorno sobre investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Programação
09h – Credenciamento e coffee de recepção
9h30 – Abertura do evento
9h45 – Apresentação “Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) – Alimentos Saudáveis”
Biopark, SETI-PR e Fundação Araucária
10h30 – Palestra: “Alimentos industrializados: importância e modelos para inovação”, com
Gisele Camargo – Vice-Diretora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)
11h15 – Mesa redonda “Proteínas vegetal e animal”
André Dutra – Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos; Lícia Maria Lundstedt – Chefe Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pesca e Aquicultura; Vivian Feddern – Pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves; Meg Caetano Felippe – Diretora Comercial do Carrefour Brasil; Hugo Caruso – Diretor da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Foto: Divulgação/Assessoria
12h – Intervalo para almoço
13h30 – Mesa redonda com Cooperativas e Empresas do setor
15h – Coffee-break
15h30 – Palestra “Desafios e oportunidades para a produção de proteína animal”, com
Everton Luís Krabbe, Chefe-Geral da Embrapa Suínos e Aves
16h15 – Palestra “Alimentos industrializados: tendências de consumo e mitos”, com Luís Fernando Ceribelli Madi – Diretor de Assuntos Institucionais do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)
17h – Encerramento

Combater A Violência “Nas Escolas” Não Funciona

Especialista afirma que combater a violência nas escolas exige união de forças entre escolas, famílias e poder público

Mário Frazão

As tragédias sociais no Brasil não são uma novidade, tampouco as que estão vinculadas à escola. Os Estados Unidos parecem não estar tão longe assim, quando pensamos na frequência com que temos visto esse tipo de atentado ocorrer na nossa vizinhança.
Foucault nos ajuda a perceber a familiaridade entre escolas e prisões – e por conseguinte, nos dá um ângulo para pensar a proximidade desses dois sistemas com respeito à violência: os muros altos, o regime disciplinar, a formação da fila ao toque do apito, as grades nas janelas, os registros do mau comportamento chamados de “ficha de ocorrência”, o controle do corpo (sente, levante, não se mexa, não corra, se cale, vá, fique!).
Assim como as prisões, a escola nem sempre “melhora” quem entra. Até, porque, não se pode defender a ideia de que a escola sozinha consiga resolver todas as mazelas produzidas pela sociedade, logo, a escola não “corrige” a violência da sociedade, ao contrário, é vítima dela e também a manifesta.
Os problemas mais dolorosos da sociedade vão sendo relegados à escola, tornando-se pautas do currículo cada vez mais inchado, criando uma transdisciplinaridade oca, obrigatória, que não serve ao mundo pessoal do aluno, mas como uma medida paliativa de cura de um mal coletivo.
O lixo, o desmatamento, o trânsito, as drogas, o sexo inseguro, o assédio, a violência doméstica, a tecnologia e suas questões, o racismo, a homofobia, a homotransfobia, a liberdade religiosa. Tudo é assunto para a escola resolver. Não que a educação não seja capaz de construir consciência para todos esses casos, mas é preciso ver a escola como parte da sociedade, portanto, também imersa em todos esses problemas.
Chegamos então ao caso da violência. Uma escola inserida em uma sociedade violenta sofrerá a violência dessa sociedade. Ela será manifestada dentro do seu corpo docente e discente, suas práticas serão afetadas, seu currículo, seu calendário – veja casos de escolas que suspendem as aulas por tiroteios em seu entorno. Toda a vida escolar é também vítima da sociedade violenta.
A escola também é vítima da sociedade adoecida e sofre com o adoecimento das pessoas, que por sua vez, adoecem a escola. Se o estresse, a depressão, o suicídio, a automutilação, são problemas presentes na sociedade e cada vez mais entre os adolescentes, esses problemas também aparecerão na escola.
No fim, apenas a mudança da sociedade muda a escola. A escola é parte da mudança, mas jamais responsável por ela. As mudanças sociais que se iniciam na escola serão vistas em médio/longo prazo, até lá, as outras instituições precisam agir, não para proteger a escola, mas para proteger a sociedade e, assim, também a escola, a igreja, os bares, as áreas de lazer.
Não esperem uma escola segura em uma sociedade insegura. Não esperem uma escola sadia em uma sociedade doentes. Todos devemos ser parceiros da escola e vê-la como parte de todo o sistema social, que sofre violência, mas que também a produz.

Mário Frazão – Mestre em letras e linguística, estuda e orienta pesquisas em Educação, Infância e Direitos Humanos; Educação e diversidade; coordena a pós-graduação em Ciências do Comportamento Humano e Analise de Perfil.

Parkinson: entenda a doença


Os efeitos da idade avançada são algo natural na vida do ser humano, os movimentos ficam mais lentos, ocorrendo uma diminuição da capacidade funcional. É neste momento que o corpo começa apresentar alguns sinais, e sendo assim, a necessidade da avaliação médica. Os idosos são mais propensos às perdas e dependências, mesmo que tenham boa saúde, eles têm dificuldades em lidar com o próprio processo de envelhecimento. Algumas doenças, como a de Parkinson, podem atingir esse público por conta da degeneração celular da dopamina.
Lentidão motora, rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo, diminuição do olfato, desequilíbrio, alterações intestinas e do sono. Estes são alguns sintomas da doença que acomete 1% da população acima dos 65 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesta terça-feira (11) é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, a data tem por finalidade levar conhecimento da doença, evidenciar a importância do diagnóstico precoce e o tratamento.
Em 1817, o primeiro caso foi identificado por James Parkinson, que descreveu os principais sintomas publicados no Ensaio sobre a Paralisia Agitante. O Parkinson é uma doença degenerativa que atinge o sistema nervoso central, crônica e progressiva, causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor – substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.
Apesar de não existir cura, o Parkinson pode ser tratado e os sintomas amenizados, como também retardando o seu progresso. Alguns métodos podem ser utilizados como uso de medicamentos, a cirurgia, bem como a fisioterapia e a terapia ocupacional. Além disso, é fundamental a rede de apoio de familiares e amigos, para que o portador da doença tenha autonomia e se sinta acolhido ao receber o diagnóstico.

SOBRE A PRATI-DONADUZZI – A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais 5 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol no Brasil.

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