Mauro Picini – Sociedade + Saúde 16/08/2023

Agosto verde claro alerta para os linfomas

Hematologista explica sobre esse tipo de câncer que afetam as células que deveriam proteger nosso corpo

O linfoma é o câncer que afeta os linfócitos, células responsáveis por proteger o corpo de infecções. Esse tipo de câncer se desenvolve principalmente nos linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos. O mês de agosto foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como mês de sensibilização e conscientização em relação à doença e para isso ganhou a cor verde claro. Existem mais de 40 subtipos de linfomas, que são inicialmente divididos em dois grupos: os Linfomas de Hodgkin e os Linfomas não-Hodgkin.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que para cada ano do triênio 2023/2025, sejam diagnosticados no Brasil 12.040 novos casos de linfoma não Hodgkin (6.420 em homens e 5.620 em mulheres) e 3.080 novos casos de linfoma de Hodgkin (1.500 em homens e 1.580 em mulheres. A hematologista Maria Amorelli, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que os sintomas iniciais dos dois tipos podem ser muito parecidos com o surgimento de gânglios. “Eles costumam aparecer na região cervical, axilar e inguinal. E existem os sintomas B, que podem estar presentes nos dois tipos de linfomas que seriam febre, mais baixa que às vezes vem no final do dia, a chamada febre vespertina, coceira pelo corpo também pode ser um sintoma associado, além da perda de peso”.
A médica destaca que os linfomas podem ser confundidos inicialmente com doenças infecciosas pelo fato dos gânglios e da febre surgirem e que apenas através de uma biópsia é possível descobrir o subtipo de linfoma que o paciente possui. “O linfoma não-hodgkin aumenta a incidência com a idade, quanto mais velho maior o risco. Já o linfoma de hodgkin tem um pico nos adultos jovens que começa com 15 anos e vai até em torno de 40 anos e depois ele volta a ter um pico de novo nos mais idosos, acima de 75 anos”, salienta.

Sem prevenção – Infelizmente, não há como prevenir os linfomas. “São doenças que surgem de maneira inesperada. O que a gente tem que fazer é uma conscientização em torno do linfoma para ter um diagnóstico mais precoce e aumentar as chances de cura, mas as medidas preventivas são as mesmas para o câncer em geral: vida saudável, exercício físico, boa alimentação e evitar exposições a radiação. Além disso, o paciente que já teve algum câncer, já foi exposto a radiação e a quimioterapia ele tem muito mais chances de ter um segundo tumor, incluindo os linfomas”, detalha a especialista.
Os linfomas são tratados com quimioterapia e radioterapia. “O linfoma de hodgkin em geral tem uma maior taxa de cura. Ele é um linfoma que a grande maioria dos casos hoje em dia atinge uma cura, mas existem casos em que a gente tem uma doença mais agressiva ou a gente pega em estágio mais avançado em que a gente não consegue uma cura. O linfoma não-hodgkin de alto grau costuma ser mais agressivo, em que o crescimento da massa é muito rápido, nesses casos o tratamento é uma quimioterapia mais intensa, mas ao mesmo tempo a gente tem mais chance de cura. Em contrapartida a gente tem o que se chama de linfoma de baixo grau, que são doenças mais lentas, algumas vezes demoram anos para que o paciente possa fechar um diagnóstico. Nesses casos a gente tem o controle da doença com quimioterapia também, mais leves normalmente, mas a gente não consegue atingir uma cura”, salienta a hematologista Maria Amorelli.

Congresso de Saúde promove debates

O Congresso de Saúde e Terapias Quânticas (CSTQ), um dos mais aguardados eventos da área de saúde complementar, acontece nos dias 18 e 19 de agosto, em São Paulo (SP). Estarão reunidos especialistas, profissionais de saúde, pesquisadores e entusiastas das terapias complementares para explorar novas perspectivas e abordagens no cuidado da saúde.
O Congresso busca promover o conhecimento sobre as terapias integrativas e a importância de uma visão holística do indivíduo. A ênfase estará em técnicas que abrangem não apenas o aspecto físico, mas também o emocional, mental e energético, com base na abordagem quântica da realidade.
O evento contará com uma programação diversificada, incluindo palestras como a Psiconeuroimunologia: a Conexão da Psique com a Imunidade, ministrada por Hussein Awada; O DNA da riqueza, com o palestrante Horácio Frazão; além do tema mais aguardado, Evolução Consciente: Prosperando em um Mundo de Mudanças, com o Bruce Lipton, que estará pela primeira vez no Brasil, para a imersão exclusiva do CSTQ 2023.
A Escola Internacional de Desenvolvimento (EID), líder no nicho de cursos de saúde integrativa e bem-estar, está com oferta exclusiva para os participantes do CSTQ, com descontos especiais no curso de Aperfeiçoamento em Terapia Vibracional Quântica e no Combo Saúde Integrativa, ambos oferecidos pela EID.
“Somos uma instituição de ensino que busca compartilhar conhecimento de forma diversificada e humanizada, consolidando ideias exclusivas e inovadoras em áreas como Teoria Quântica, Saúde Vibracional, Transformação Digital e, por isso, buscamos sempre auxiliar nossos alunos a se capacitarem ainda mais”, conta Paulo Battaglin, diretor da escola.
“O CSTQ promete ser uma experiência única e enriquecedora para todos os participantes, proporcionando uma imersão no fascinante campo da Saúde Quântica. Esperamos todos lá”, convida Battaglin.
Para mais informações sobre o evento e os cursos oferecidos pela EID, os interessados podem acessar e-eid.com/cstq.
O Congresso busca promover o conhecimento sobre as terapias integrativas e a importância de uma visão holística do indivíduo

Paciente com Parkinson pode trabalhar normalmente? Especialista explica

Diante das polêmicas envolvendo uma possível doença de Parkinson no ator Humberto Martins, o neurocirurgião Bruno Burjaili explica como é a autonomia de uma pessoa com a doença
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, perdendo apenas para o Alzheimer, afetando cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos.
Recentemente diversos portais divulgaram que o ator Humberto Martins, no ar na novela “Travessia”, estaria com Parkinson e utilizando um dublê de mãos para conseguir gravar algumas cenas, o que já foi desmentido pelo ator, mas gerou algumas dúvidas como, alguém com Parkinson realmente consegue continuar trabalhando normalmente?
De acordo com o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, sim, caso sejam utilizados os tratamentos adequados.
“A doença de Parkinson, apesar de não ter cura, possui uma série de tratamentos que podem atenuar bastante seus sintomas, permitindo que o paciente tenha muita autonomia no seu dia a dia”.
“Grande parte das vezes, a pessoa que tem a doença consegue manter o seu trabalho com bastante proficiência e alta performance através do uso de medicamentos e terapias associadas, inclusive a cirurgia de marca-passo cerebral que tem se tornado cada vez mais popular” Explica Dr. Bruno Burjaili.
“Claro, em alguns casos é necessário que sejam feitas adaptações na rotina de trabalho do paciente para adequá-la a sua nova condição pois existem vários trabalhos que exigem bastante precisão dos movimentos, mas são pequenas modificações que visam apenas a melhorar a qualidade de vida do paciente”.
“Mas para isso é importante que se identifique os sintomas precocemente e logo dê início ao tratamento para evitar maiores complicações e minimizar ao máximo seu impacto no dia a dia do paciente, é importante lembrar também que há casos de profissões que necessitam de esforços físicos que a doença não permite que sejam realizados pode-se avaliar a possibilidade de receber direitos trabalhistas”. Alerta.
Famosos que continuam trabalhando mesmo com Parkinson
Com os tratamentos atuais pacientes com Parkinson conseguem ter uma maior qualidade de vida e autonomia para continuar suas atividades diárias, diversos famosos já diagnosticados com Parkinson continuam trabalhando.
Recentemente a jornalista Renata Capucci, revelou que foi diagnosticada com a doença de Parkinson aos 45 anos, em 2018, e durante esse tempo continuou trabalhando, o repórter André Tal, de 44 anos, também revelou, em dezembro do ano passado, que tem a doença de Parkinson e também continuou exercendo suas atividades com algumas adaptações. Diversas outras celebridades, como o ator famoso pela franquia “De volta para o futuro”, Michael J. Fox e o cantor de rock Ozzy Osbourne, têm diagnóstico de Parkinson e já passaram anos trabalhando antes de revelarem o diagnóstico.
Sobre o Dr. Bruno Burjaili
Neurocirurgião especializado no tratamento de doenças da cabeça, nervos e coluna vertebral, com experiência em doença de Parkinson, tremores, distonia, dores crônicas e fibromialgia.

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