Mauro Picini – Sociedade & Saúde 18/10/2023

Biopark apresenta projeto de educação ambiental para municípios da AMOP

O objetivo é implantar nas 58 cidades o programa Geopark, que busca sensibilizar as crianças para questões socioambientais, promovendo a educação e reflexão para hábitos de conservação e preservação ambiental

Foto: Divulgação

Educar as crianças sobre a preservação do meio ambiente é fundamental para o futuro. Afinal, todos os dias é possível assistir, ler ou ouvir sobre os desafios ambientais globais, como a degradação ambiental, a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas. Sob este contexto, o Biopark recebeu os prefeitos, secretários de educação e representantes dos 58 municípios que compõem Associação Municipal do Oeste do Paraná (AMOP), no auditório da Universidade Federal do Paraná, Biopark.
A intenção foi apresentar o Geopark, projeto de educação ambiental que o Ecossistema oferece as escolas. O Programa é realizado em parceria com a Prefeitura de Toledo desde 2021, com o Termo de Cooperação entre o Biopark, Biopark Educação e Secretaria Municipal de Educação (SMED) tendo sido assinado em 2022. A partir deste encontro, o objetivo é que o Programa seja implantado para os alunos da rede púbica de ensino de todos os municípios que fazem parte da AMOP.
O supervisor ambiental do Biopark, Thiago Schuba, explica que o Biopark desenvolve ações sistematizadas contempladas em 26 programas ambientais, os quais asseguram o adequado desempenho e desenvolvimento do Ecossistema em consonância com a dinâmica socioeconômica e ambiental local e regional. “Em especial com as crianças, o objetivo é estimular a sensibilização às questões socioambientais por meio de processos de educação e reflexão ambiental, com vistas à formação de hábitos que procurem conservar e preservar o meio ambiente”, afirma.


Ao todo, o programa já atendeu 18 escolas de ensino municipal, sendo 69 turmas dos 3°, 4° e 5° anos, somando mais de mil alunos. Os professores também recebem curso de formação continuada. “Desde sua concepção, o projeto do Biopark caminha lado a lado com a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente para gerar transformação social, estando adequado às diretrizes de conservação ambiental. Além disso, faz parte de sua implantação o monitoramento de impactos ambientais e a adoção de práticas para mitigação de qualquer dano com o objetivo de manter o equilibro entre práticas socioeconômicas e ecológicas”, salienta.
Segundo o presidente da AMOP e prefeito de Toledo, Beto Lunitti, o momento foi um marco histórico para a Associação. “O Biopark não é de Toledo, mas de todo o Paraná. Isso se vê pelos impactos positivos que tem influenciado não só da vida de crianças, bem como de toda a comunidade. Nós, como AMOP, queremos levar e promover este conhecimento que transforma a vida das pessoas e desenvolve um movimento socioeconômico equilibrado para todas as cidades do oeste paranaense”, enalteceu Beto.

Brasil possui quase 19 milhões de pessoas com deficiência

No Brasil, cerca de 18,6 milhões de indivíduos enfrentam os desafios associados a diferentes tipos de deficiências, segundo dados do módulo Pessoas com deficiência da Pnad Contínua 2022. Nesse cenário, a presença de um cuidador pode ser necessária em muitos casos. O profissional desempenha um papel fundamental no cotidiano dos assistidos, oferecendo assistência e suporte, proporcionando-lhes maior autonomia e qualidade de vida.
É importante destacar que a necessidade de um cuidador pode variar e essa assistência não é essencial em todos os casos. A extensão e a natureza da deficiência é que determinam quando esse profissional deve ser acionado e como deverá atuar. A avaliação individual de cada caso é fundamental para que o apoio seja oferecido de maneira eficaz e personalizada.
Em alguns casos, a atuação do profissional confere um retorno instantâneo e positivo no cotidiano do assistido. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que em 2022 47,2% das pessoas com deficiência tinham 60 anos ou mais de idade. Nesse cenário, o cuidador auxilia a garantir não apenas a segurança, mas também a qualidade de vida desse grupo. Com o envelhecimento, as limitações físicas ou cognitivas podem se agravar, tornando tarefas corriqueiras bastante desafiadoras.
O profissional pode oferecer assistência essencial a idosos com deficiência, auxiliando no banho, na alimentação, na administração de medicamentos e na locomoção. A promoção do bem-estar emocional também é levada em conta, proporcionando companhia e apoio, o que é especialmente importante para combater a solidão e a depressão que podem afetá-los.
A presença do cuidador é também importante no ambiente escolar. Dados do terceiro trimestre de 2022 do IBGE revelam números preocupantes nas taxas de analfabetismo e níveis de instrução escolar entre crianças com deficiência. Enquanto a taxa de analfabetismo atingiu 19,5% desse grupo, apenas 25,6% destas crianças concluíram o ensino médio – entre as crianças sem deficiência os percentuais são de 4,1% e 57,3%, respectivamente.
O cuidador em ambiente escolar pode oferecer apoio personalizado, adaptando o ensino às necessidades individuais do aluno, tornando os materiais didáticos acessíveis e auxiliando na comunicação. Dessa forma, o especialista não apenas contribui para a superação das barreiras educacionais enfrentadas pelos alunos com deficiência, mas também os capacita a alcançar seu pleno potencial acadêmico, promovendo assim a igualdade de oportunidades no ambiente escolar.
A presença de um profissional pode ser um recurso valioso para promover a inclusão, a autonomia e a qualidade de vida, seja no ambiente escolar, ou na vida cotidiana. No entanto, é fundamental reconhecer que cada pessoa com deficiência é única, com habilidades e desafios específicos, e os cuidados devem ser personalizadas para atender às suas necessidades e aspirações.

Sobre a Acuidar:
Fundada em 2016 pelo médico Vitor Hugo de Oliveira e pela fisioterapeuta Jéssica Soares Ramalho, a rede oferece serviços no domicílio do cliente ou durante acompanhamento hospitalar, com opções de diárias avulsas e planos mensais. A marca entrou para o mercado do franchising em 2020, contando hoje com mais de 120 unidades inauguradas. O investimento inicial total é de R$ 44 mil (já com a taxa de franquia) o faturamento médio mensal é de R$ 60 mil e o prazo de retorno é de 6 a 15 meses. Saiba mais em: https://www.acuidarbr.com.br/

Mosquitos estéreis, nova arma de combate à dengue

André Maciel Pelanda e Rodrigo Berté – Foto: Prof. André Pelanda /Rodrigo Leal

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de fazer alerta sobre o aumento assustador de casos de dengue nas Américas. O primeiro semestre terminou com 2,9 milhões de casos na região. O Brasil está entre os três países latino-americanos que mais registraram casos da doença, com 2,3 milhões de pessoas infectadas, 70% a mais do que a média dos últimos cinco anos.
Embora o aumento da doença esteja associado ao acúmulo de água parada e de resíduos sólidos, o que provoca o surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika, uma ferramenta tem se mostrado promissora no controle biológico do inseto vilão. São os mosquitos estéreis, criados em laboratórios, e capazes de interromper o ciclo de reprodução da espécie-alvo, uma vez que os machos estéreis competem com machos selvagens no processo de acasalamento com as fêmeas, sem gerar descendentes. Desta forma, ocorre uma redução na quantidade total de mosquitos de uma determinada área, e, consequentemente, diminui a ocorrência de doenças transmitidas aos seres humanos.
O processo de criação de mosquitos estéreis é feito por diferentes métodos, como a manipulação genética ou a irradiação, sendo que em ambos os casos os insetos são incapazes de gerar descendentes. A principal vantagem da utilização de machos estéreis para o controle da população de mosquitos, em comparação com o uso de pesticidas químicos, por exemplo, está no fato de ser um método ambientalmente amigável, já que não envolve a utilização de substâncias nocivas para o meio ambiente que podem gerar consequências negativas para outras espécies que ocorrem nos mesmos locais.
É necessário ressaltar que a utilização de mosquitos estéreis não se apresenta com uma única solução para o controle de doenças transmitidas por mosquitos. Outras medidas podem ser associadas como, por exemplo, sensibilizar a população sobre a importância de evitar o acúmulo de água parada e lixo nas residências, evitar locais que apresentam uma alta incidência de insetos, bem como um trabalho de sensibilização em Educação Ambiental. São as atitudes que evitarão as contaminações e propagação de doenças. É uma ação de cidadania e da ciência em defesa da vida.
Rodrigo Berté é pró-reitor de Graduação do Centro Universitário Internacional Uninter
André Maciel Pelanda é Mestre em Governança e Sustentabilidade, especialista em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, e professor do Centro Universitário Internacional Uninter

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