Mauro Picini – Sociedade & Saúde 20/09/2023

Wesley Safadão pausa carreira por crise de ansiedade: entenda com a meditação pode combater o transtorno

Com uma carreira sólida de mais de 20 anos, o cantor, produtor musical e empresário de 35 anos, Wesley Safadão, precisou pausar sua agenda para cuidar da saúde mental. Em uma entrevista para o Fantástico, no domingo (10), o artista revelou que foi diagnosticado com ansiedade, causada pela exaustão mental por conta de uma agenda lotada de shows.
O artista relatou que não conseguiu dosar o ritmo da sua rotina agitada, há muitos anos e, que consequentemente, lhe causaram um profundo esgotamento mental. Segundo os levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a população mais ansiosa do mundo.
Neste cenário, em que pacientes com ansiedade sofrem com dificuldade de concentração, irritabilidade, fadiga e respiração rápida, especialistas estudam formas de combater os sintomas e auxiliar no tratamento. E a meditação aparece justamente como destaque entre as terapias para auxiliar no processo de controle da ansiedade.
“A meditação permite ingressar em um processo de auto-observação onde todos os pensamentos, emoções e atitudes não mais passam despercebidos. E isso conduz a um processo natural de transformação”, destaca Gabi Frantz, mestre de meditação, pós-doutoranda em Medicina Natural pela Quantum University, atualmente seu currículo conta com mais de 30 cursos voltados para a área.
A especialista pontua que a meditação é uma ótima atividade porque não tem restrição e não apresenta nenhum tipo de efeito colateral negativo. “Nada de ruim pode sair de uma prática tão natural, afinal, a meditação é medicina natural”, acrescenta.

Pesquisas indicam a meditação – Frantz argumenta que a adoção da meditação aumentou justamente por causa das várias pesquisas que têm verificado a eficácia da prática no combate à ansiedade. Um destes estudos foi realizado por pesquisadores da Universidade de Georgetown, em Washington (EUA), onde foi comparado o efeito no combate da ansiedade de técnicas de redução do estresse baseado em mindfulness (MBSR, na sigla em inglês) com o uso do antidepressivo escitalopram.
O estudo reuniu 276 pacientes e comparou os resultados dos grupos que foram tratados com mindfulness e com o remédio. Partindo de uma escala de 1 (um pouco de ansiedade) a 7 (ansiedade severa), foi observado que enquanto o grupo que tomou escitalopram teve uma diminuição média de 1,43 pontos na escala, quem realizou meditação reduziu em média 1,35 pontos.
O resultado próximo foi considerado como uma equivalência entre o tratamento medicamentoso e a meditação.
“A meditação tem esse efeito tão poderoso e pode até diminuir o uso de medicamentos por uma série de fatores. Dentre eles, podemos pontuar duas questões como as mais importantes: a meditação te torna uma pessoa mais consciente e estimula o sistema nervoso parassimpático, ou seja, acaba causando um relaxamento do corpo e da mente”, explica Frantz.
A mestre de meditação afirma que por conta do estudo da Universidade de Georgetown e vários outros, a meditação tem sido cada vez mais receitada para tratar ansiedade. Os efeitos da atividade conseguem aliviar sintomas até mesmo de casos mais avançados, onde há um estado de ansiedade generalizado.
“Não é necessário que exista uma conversa ou um diagnóstico pois o próprio processo da meditação irá trazer a compreensão necessária para a cura e restabelecimento do estado de equilíbrio”, ressalta.

Efeitos positivos da meditação no paciente com ansiedade – Desde 2017, após a portaria nº 145, a meditação é uma opção de tratamento complementar oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde lista a atividade no conjunto de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) porque entende que ela promove a saúde e recuperação, além de ser baseada em teoria científica.
Gabi Frantz pontua que existem diferentes tipos de abordagens de meditação, mas que de maneira geral elas trabalham a Auto-observação; Autoaceitação; Autoconsciência e Autotransformação.
“Dentro da minha metodologia e de tudo o que acredito ser eficiente no universo da meditação, eu diria que o principal é o despertar da consciência e ativação certa de determinadas regiões do seu cérebro e do seu sistema nervoso. E, por isso, as práticas não precisam ser personalizadas. Você só precisa de um método que seja eficiente”, diz.
A pós-doutoranda em Medicina Natural lista 7 benefícios da meditação na saúde das pessoas:

  1. Relaxamento do cérebro e do corpo;
  2. Sensação de calma, bem-estar e tranquilidade;
  3. Cria uma maior conexão com você mesmo;
  4. Traz mais clareza para a resolução de problemas;
  5. Melhora a qualidade do sono;
  6. Aumenta a concentração e o foco;
  7. Diminui os sintomas da ansiedade.
    “Estudos dizem que 10 a 15 minutos por dia é o tempo necessário para obter os benefícios da meditação. E mais do que aprender a meditar, é importante manter o hábito. Então é essencial encontrar um horário com o qual você possa se comprometer a meditar todos os dias”, finaliza Gabi Frantz.

Sobre Gabi Frantz – Conheceu a meditação aos 15 anos, e ao notar as mudanças que a prática trazia para sua vida, decidiu se aprofundar ainda mais nesse mundo. Atualmente seu currículo conta com mais de 30 cursos voltados para a área e está finalizando seu PhD em Medicina Natural pela Quantum University.
Em 2003, criou seu primeiro grupo de meditação guiada, que hoje conta com mais de 2.500 participantes todos os dias. Mestre em meditação, possui perfil ativo no Instagram, que hoje, conta com mais de 85 mil seguidores, além disso é dona do canal no YouTube “Meditar com vc”, que tem mais de 75 mil inscritos, e do site meditar.com.vc, que oferece cursos gratuitos de meditação.
Acesse:
https://meditar.com.vc/
https://www.instagram.com/meditar.com.vc/
https://www.linkedin.com/in/gabifrantz/

Uso de anabolizantes pode causar hipertrofia de clitóris, explica ginecologista

Especialista detalha por que ocorre o aumento do órgão feminino e quais são os meios de tratamento

A hipertrofia do clitóris, também conhecida como clitoromegalia, é uma condição que afeta um número significativo de mulheres em todo o mundo. O órgão, que normalmente mede entre 3,7 e 10 mm, torna-se anormalmente maior nesse estado, levando a desconforto e desafios emocionais para as pacientes. De acordo com a Dra. Dulce Cristina Pereira Henriques, médica ginecologista especialista em laserterapia e cirurgia íntima no Instituto Gris, muitos dos casos são causados pelo uso de anabolizantes.

Causas da hipertrofia de clitóris – A hipertrofia de clitóris pode ter várias causas, incluindo alterações genéticas detectáveis desde o nascimento, produção aumentada de hormônios masculinos (androgênios), uso de anabolizantes, exposição a hormônios durante a gestação, alterações hormonais diversas, tumores que elevam a produção de hormônios masculinos, síndrome dos ovários policísticos em casos extremos, ou até mesmo ocorrer sem causa definida.
Com a crescente busca pela estética do fisiculturismo, as mulheres acabam por aumentar o uso de hormônios em grande escala em seus organismos. A influência de androgênios, como a testosterona, em algumas mulheres pode levar ao aumento do clitóris, muitas vezes causando desconforto físico e emocional.

Desafios no diagnóstico e tratamento – Dulce destaca que muitas pacientes enfrentam dificuldades no diagnóstico e tratamento da hipertrofia de clitóris. Ela enfatiza que a falta de acesso a profissionais capacitados para tratar o problema pode levar as mulheres a acreditar que não há solução.
“Muitas vezes, quando as pacientes discutem o assunto com ginecologistas, são desencorajadas de buscar ajuda, pois alguns médicos acreditam que qualquer intervenção cirúrgica no clitóris pode resultar na perda de sensibilidade”, afirma a doutora, que também esclarece que essa percepção é equivocada e que as pacientes não devem desistir de encontrar uma solução para a hipertrofia de clitóris.

Estatísticas e tratamento – De acordo com a médica, cerca de 30% das mulheres têm uma hipertrofia de clitóris considerada fisiológica, ou seja, presente desde a infância, antes mesmo da atividade sexual. O uso de anabolizantes e hormônios androgênicos sintéticos pode agravar esse problema, causando aumento significativo no tamanho do órgão.
O tratamento primário envolve a suspensão do uso dessas substâncias. No entanto, se a hipertrofia persistir, a cirurgia é a única opção. A escolha da técnica cirúrgica é adaptada ao tipo específico de clitóris da paciente e visa reduzir o tamanho e proporcionar uma aparência mais natural à genitália.

Diferencial da técnica cirúrgica inovadora – A Dra. Dulce explica que sua abordagem cirúrgica inovadora considera a individualidade de cada paciente. Ela adapta a cirurgia de acordo com o tipo de hipertrofia, seja no comprimento do corpo ou na glande do clitóris, bem como no diâmetro do corpo cavernoso. Dois métodos principais são utilizados: a pexia, que ancora o corpo clitoridiano e reduz o tamanho, e a clitorectomia, que diminui a glande. A médica enfatiza que a preservação dos vasos e nervos minimiza o risco de perda de sensibilidade, permitindo que as pacientes recuperem sua autoestima e felicidade consigo mesmas.
“A hipertrofia de clitóris é uma condição que afeta muitas mulheres, e a busca por tratamento é uma questão de vitalidade e bem-estar. Com a orientação adequada e opções cirúrgicas personalizadas, as mulheres podem enfrentar essa condição com confiança e esperança, recuperando sua autoimagem e qualidade de vida”, descreve a doutora, ao ressaltar que oferece uma abordagem especializada para ajudar as pacientes a superar esses desafios.
Com o objetivo de difundir a excelência técnica em procedimentos clitoridianos, a médica ministrou entre os dias 1 e 2 de setembro um curso focado no tratamento de condições associadas ao clitóris e capuz. O curso de extensão é realizado pelo Gris for Doctors, o braço do Instituto Gris voltado para a capacitação de profissionais em diversas áreas da saúde feminina.
“Por meio dos cursos, garantimos cada vez mais a presença de profissionais qualificados para atuar com o corpo feminino, o que complementa a missão do Instituto por prezar para que a saúde e o conforto das mulheres sejam alcançados de maneira efetiva”, finaliza Dulce.

Instituto Gris – O Instituto Gris tem como compromisso priorizar o bem-estar e a saúde feminina. Sediado em Curitiba, é pioneiro como o primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, agregando as mais avançadas tecnologias para o cuidado íntimo feminino. Seu enfoque abrangente e especializado combina inovação e dedicação, ajudando as mulheres a assumirem o protagonismo em suas jornadas de saúde.

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