Mauro Picini Sociedade + Saúde 21/09/2022

Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem melhorar qualidade de vida do paciente com Alzheimer

Qualquer pessoa pode ter eventuais lapsos de memória, mas na medida que envelhecemos é possível isso ocorrer com mais frequência, principalmente aqueles que estão com sintomas inicias de Alzheimer. Os idosos são os mais propícios a não conseguir lembrar de nomes de pessoas próximas ou ter dificuldade de realizar tarefas diárias como ir no mercado ou ir ao banco. Porém, quando isso ocorre diversas vezes é necessário atenção e passar por uma avaliação médica.
No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, estima-se que 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência. O Ministério da Saúde informa que a prevalência da doença em pessoas com 65 anos ou mais é de 11,5%. Diante desses dados, a Prati-Donaduzzi destaca a importância da identificação precoce no Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer (21).
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa, normalmente associada ao envelhecimento, que ainda não tem uma causa definida. O desenvolvimento da patologia acontece quando há uma alteração no processamento de proteínas específicas do sistema nervoso central.
Os principais sintomas apresentados na fase inicial são memória alterada, desorientação, alteração da linguagem, aprendizado e concentração. “É preciso ter cuidado sempre para quando a perda da memória começar a interferir nas atividades pessoais do dia a dia”, orienta o médico geriatra, Antonio Carlos Silva Santos Junior.
Segundo o especialista, o Alzheimer não tem cura, porém, pode ser prevenido. “Ter um estilo de vida saudável, evitar o consumo excessivo de álcool, o sedentarismo, o tabagismo e a alimentação pobre em nutrientes”, alerta.
O alzheimer costuma evoluir de forma lenta. A partir do diagnóstico precoce, a sobrevida do paciente chega entre 8 e 10 anos. “Alguns medicamentos são indicados para estabilizar ou reduzir a velocidade de progressão da doença, proporcionando alívio dos sintomas e gerando mais qualidade de vida ao paciente”.

SOBRE A PRATI-DONADUZZI – A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais de 4,8 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol no Brasil.

Diálogo no ambiente de trabalho pode ser fundamental nos cuidados com a saúde mental

Médico reforça a importância de programas que promovem a comunicação entre líderes e colaboradores da empresa

Dr. Marcos Mendanha é advogado, médico do trabalho e professor da Faculdade CENBRA

Setembro Amarelo é o mês de conscientização e combate ao suicídio e falar sobre o tema tem sido cada vez mais importante já que os números são alarmantes. Segundo a OMS, a cada 45 segundos uma pessoa tira a própria vida. Aqui no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, são mais de 30 suicídios por dia.
Um dos ambientes que cada vez mais pode e deve se preocupar com o assunto é o ambiente de trabalho, já que os brasileiros passam no ano, em média, mais de 1.700 horas trabalhando. Segundo o médico e advogado especialista em saúde ocupacional Marcos Mendanha, “a saúde mental ganha cada vez mais espaço no trabalho, porém essa construção de um ambiente saudável mentalmente se dá pelos esforços de todos’’.
Na prática, Mendanha explica que o principal ponto é o espaço para o diálogo. “Ter programas e encontros que promovam a comunicação é indispensável e muitas empresas já reconhecem isso. Quem ainda não faz precisa pensar nessa direção para promover a saúde mental dos colaboradores”.
Outro aspecto que envolve a saúde da equipe está relacionado à cobrança excessiva, intimidação e, em casos extremos, até assédio. “Repensar a forma de se relacionar é algo que estamos vivendo. Aliás, estamos em um momento importante da nossa história como sociedade e estamos revendo hábitos e formas de conviver e isso envolve mudanças também no trabalho”.
Segundo o especialista, não existe um manual a ser seguido por todos e que cada caso é específico e de acordo com a empresa e setor de atuação. “O mais importante é a disposição de todos para criar esse ambiente saudável, isso será responsabilidade de cada indivíduo e pode começar pela liderança da empresa, inclusive como forma de inspirar e servir de exemplo para a equipe”, comenta ele.

Diálogo dentro das empresas é fundamental para a prevenção ao suicídio/ Foto: Reprodução/FreePik

Sobre Marcos Mendanha – Dr. Marcos Mendanha é Médico do Trabalho, Especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas. Advogado especialista em Direito do Trabalho. Autor dos livros “O que não te contaram sobre Burnout – Aspectos práticos e polêmicos” (Editora Mizuno). Coautor do livro “Desvendando o Burn-Out – Uma Análise Multidisciplinar da Síndrome do Esgotamento Profissional” (Editora LTr). Diretor e Professor da Faculdade CENBRAP. Mantenedor dos sites SaudeOcupacional.org e MedTV. Coordenador do Congresso Brasileiro de Medicina do Trabalho e Perícias Médicas, e do Congresso Brasileiro de Psiquiatria Ocupacional. Colunista da Revista PROTEÇÃO. Consultor de Saúde Ocupacional Corporativa.

O que a pandemia deixa para as empresas de saúde?

*Gilberto Barbosa

É normal ouvirmos frases como “A pandemia vai deixar novos hábitos de cuidado na sociedade” ou “Ficamos mais atentos à nossa saúde depois da pandemia”. De fato, todos os impactos que tivemos se refletem nos nossos costumes e rotinas, assim como no funcionamento de instituições. Mas, para empresas do setor de saúde, que viram a sua área tão em evidência, talvez esse momento tenha causado uma maior reflexão do que em outros grupos.
De repente, surgiu um novo desafio a ser enfrentado, com novas demandas e soluções que ainda eram desconhecidas. O tempo para se adaptar era curto e capacidade de reação das empresas era colocado à prova. Testagens, protocolos de segurança, tratamentos, abastecimento de insumos e adequação da capacidade de atendimento, entre outros fatores: tudo exigia um direcionamento diferente do habitual.
Além de tudo isso, encaramos uma situação em que os profissionais de saúde também demandaram cuidado nas ocasiões – ao atender alguém, seja em um teste rápido ou em uma internação, ele precisava estar atento, pois descuidos poderiam fazer dele o paciente.
Acredito que veremos a agilidade, tecnologia e inovações do período de pandemia refletindo nas rotinas pessoais e profissionais das pessoas. As empresas de saúde conheceram mais de perto as demandas do público e devem se aprimorar para atendê-las com mais agilidade e eficácia, o que também vai gerar uma otimização nos processos internos das instituições. Além disso, as relações com funcionários devem mudar – as organizações, não só as de saúde, tiveram que olhar para os colaboradores por diferentes visões nesse período e se atentaram mais à pessoa além do funcionário.
Essa mistura de papéis trouxe aprendizados para toda a sociedade – todos dependemos de todos e não sabemos em qual posição podemos estar no dia seguinte. Essa visão mais humana e empática é uma das lições que devem permanecer, puxando um gancho também – dessa vez focando mais nas empresas de saúde – para o aperfeiçoamento e adaptação dos produtos e serviços. Por exemplo, ao oferecer um exame em domicílio, o que a empresa proporcionou ao cliente além do serviço em si? Mais tempo para ficar com pessoas queridas? Mais tempo para se dedicar às atividades que gosta? Um cuidado com si próprio que provavelmente seria deixado para depois? São nessas questões que os pontos se ligam e a empatia se junta aos negócios.
Ainda nessa questão, podemos trazer o clássico exemplo da telemedicina – o que existe por trás de um atendimento online? O que as facilidades que a ferramenta proporciona representam na vida das pessoas? Todas essas questões passam a ser respondidas, mesmo que parcialmente, com as mudanças que a pandemia nos forçou a fazer, e cabe a cada pessoa, grupo ou instituição, saber abraçar as respostas positivas.

*Gilberto Barbosa é diretor de Marketing da VidaClass

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