Mauro Picini – Sociedade & Saúde 25/10/2023

Conheça hábitos diários que prejudicam a saúde da pele

Especialista detalha cada um deles e dá dicas de como manter uma rotina mais saudável

Michele Camargo é Biomédica Esteta formada pelo Centro Universitário UniFECAF (CRBM: 52710)

A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha um papel fundamental na saúde e bem-estar. No entanto, muitas pessoas cometem alguns hábitos diários que podem fazer muito mal para a saúde cutânea. Para ajudar a entender esses hábitos prejudiciais e aprender a manter uma rotina mais saudável, a biomédica esteta, Michele Camargo, explica alguns deles:
Exposição excessiva ao Sol: um dos maiores vilões para a pele é a exposição excessiva ao sol. Os raios ultravioletas podem causar danos significativos, como envelhecimento prematuro e aumento do risco de câncer de pele. A dica da especialista é usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, e evitar a exposição direta ao sol durante as horas mais quentes do dia.
Fumar: o tabagismo é terrível para a pele, pois reduz o fluxo sanguíneo para a epiderme, causando enrugamento e pele opaca. Além disso, fumar diminui a produção de colágeno, o que leva à perda de elasticidade. A dica é parar de fumar o quanto antes, para benefícios imediatos para a pele e para a saúde em geral, por isso, é necessário o acompanhamento médico além da prática de exercícios físicos.
Dormir com maquiagem: ir para a cama sem remover a maquiagem é um erro comum que pode obstruir os poros, causar acne e acelerar o envelhecimento da pele. Certifique-se de remover completamente a maquiagem antes de dormir e seguir com uma rotina de cuidados com a pele, como limpeza, tonificação e hidratação.
Alimentação não saudável: o que você come afeta diretamente a saúde da sua pele. Uma dieta rica em açúcares e alimentos processados pode levar ao surgimento de espinhas e à inflamação da pele. Opte por uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras e água para manter a pele saudável e radiante.
Não hidratar adequadamente: a desidratação é um grande inimigo da pele. Se você não está bebendo água suficiente, sua pele pode ficar seca, áspera e sem brilho. A especialista Michele Camargo recomenda beber pelo menos oito copos de água por dia e usar um hidratante adequado ao seu tipo de pele.
Stress excessivo: o stress crônico pode levar a problemas de pele, como acne e psoríase. Encontrar maneiras de gerenciar o stress, como meditar, praticar ioga ou simplesmente reservar um tempo para relaxar com você mesmo, pode melhorar significativamente a saúde da sua pele.
Não dormir o suficiente: a falta de sono prejudica a capacidade da pele de se regenerar durante a noite. O sono insuficiente pode resultar em olheiras, pele pálida e falta de viço. Tente estabelecer uma rotina de sono adequada, dormindo de 7 a 9 horas por noite.

Sobre a especialista: – Michele Camargo é Biomédica Esteta formada pelo Centro Universitário UniFECAF (CRBM: 52710) e Técnica em Estética e Cosmetologia. Pós-graduanda na Skinacademy. É membro efetivo do Conselho Regional de Biomedicina – 1ª Região. No Instituto Michele Camargo, a especialista realiza todos os procedimentos corporais e faciais além de oferecer um espaço com centro de aperfeiçoamento e treinamento para profissionais da área com cursos voltados ao setor de estética, com alunos no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Inglaterra e Itália.

Dificuldade de acesso é entrave para Radioterapia em câncer de pulmão

Como abordagem principal ou associada à cirurgia, a Radioterapia é um tratamento que, dependendo do caso, pode ter proposta curativa ou paliativa. Indicação leva em conta a fase de descoberta da doença e disponibilidade das técnicas na Saúde Suplementar e no SUS. Câncer de pulmão é o mais letal no mundo, com 1,8 milhão de mortes anuais. No Brasil, são registrados 28 mil óbitos por ano pela doença
Em algum momento do planejamento terapêutico, seis entre dez pacientes com diagnóstico de câncer recebem a indicação de radioterapia. Em câncer de pulmão, a radioterapia – que é um dos três pilares do tratamento oncológico (ao lado da cirurgia e terapia sistêmica) – pode ser indicada com proposta curativa ou paliativa, a depender de fatores como a fase de descoberta e extensão da doença e disponibilidade das diferentes técnicas na Saúde Suplementar e no Sistema Único de Saúde (SUS), com mais gargalos na rede pública, alerta a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), em alusão ao Agosto Branco, campanha de conscientização sobre câncer de pulmão.
O tipo mais comum de câncer de pulmão é o de não pequenas células, que responde por mais de 80% dos tumores malignos do pulmão, se dividindo nos subtipos adenocarcinoma e carcinoma espinocelular. Dependendo do estadiamento (estágio de diagnóstico da doença) a radioterapia pode ser administrada com diferentes finalidades.
A Radioterapia pode ser o tratamento principal nos casos em que o tumor não pode ser removido cirurgicamente devido ao seu tamanho ou localização, ou ainda se o estado geral de saúde do paciente não permite a realização da cirurgia. Outras possibilidades são:

  • Radioterapia adjuvante, ou seja, após a cirurgia: com o objetivo de destruir as células remanescentes após o procedimento cirúrgico.
  • Radioterapia neoadjuvante, ou seja, antes da cirurgia: para tentar reduzir o tamanho do tumor e tornar mais fácil a remoção cirúrgica.
  • Radioterapia para tratamento de metástases: para frear a disseminação da doença, por exemplo, para o cérebro ou osso, que são os principais focos de metástase dos tumores originados no pulmão.
  • Radioterapia como tratamento paliativo: nos casos no qual não há mais a proposta curativa. É feito para aliviar sintomas provocados pelo câncer de pulmão em estágio avançado, como dor, sangramento, dificuldade na deglutição, tosse e problemas causados por metástases cerebrais.
    Erick Rauber, radio-oncologista e membro da diretoria de comunicação da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), explica que há diferentes técnicas de Radioterapia para o tratamento de pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão, como a estereotáxica corpórea (SBRT), conformada tridimensional e radioterapia de intensidade modulada (IMRT). “A utilização de um ou outra vai depender do perfil clínico do paciente e biológico do tumor e o maior impeditivo, infelizmente, é a falta de disponibilidade da maioria delas por parte dos planos privados e no sistema público”, afirma.
  • Radioterapia Estereotáxica Corpórea (SBRT) – É utilizada para tratar cânceres de pulmão em estágios iniciais, quando a cirurgia não é uma opção devido a outros problemas de saúde do paciente. Ao contrário de outras técnicas de radioterapia, na estereotáxica é administrada uma alta dose de radiação, desde vários ângulos, diretamente no volume alvo.
  • Radioterapia conformacional tridimensional – A radioterapia conformacional 3D está baseada no planejamento tridimensional, permitindo concentrar a radiação na área a ser tratada e reduzir a dose nos tecidos normais adjacentes. Dessa forma, o tratamento é mais eficaz, com poucos efeitos colaterais, diminuindo as complicações clínicas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
  • Radioterapia de intensidade modulada (IMRT) – É uma evolução da radioterapia conformacional 3D, na qual o equipamento se move em torno do paciente, enquanto libera a radiação. Essa técnica é usada, na maioria das vezes, para tumores localizados próximos a estruturas importantes, como a medula espinhal.

SUS x Saúde Suplementar – Modalidades como Radioterapia Estereotáxica Corpórea e Radioterapia de intensidade modulada (IMRT), por exemplo, estão longe de ser uma realidade no SUS. Por sua vez, na Saúde Suplementar, a boa notícia foi a decisão anunciada nesse mês de agosto, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de incorporação de radioterapia de intensidade modulada (IMRT) para tratamento de neoplasias de tórax (câncer de pulmão, mediastino e esôfago). Já a Radioterapia Estereotáxica Corpórea, assim como no SUS, também não está inclusa no Rol da ANS.
A nota técnica de recomendação da ANS para a radioterapia de IMRT apontou que o uso amplo e consolidado desta técnica, assim como seus benefícios para redução da toxicidade de curto e longo prazo relacionada à radiação, foi francamente corroborado por especialistas e outros interessados, que reforçam a importância da incorporação de uma técnica mais segura para o paciente e da ampliação das opções de radioterapia disponíveis no Rol. Antes desta decisão, a radioterapia de IMRT estava no rol de procedimentos da agência apenas para tumores de Cabeça e Pescoço.
Câncer de pulmão em números – No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de pulmão é o terceiro mais frequente entre homens e o quarto mais comum entre as mulheres, com estimativas de 32.560 novos casos em 2023, sendo 18.020 entre homens e 14.540 em mulheres. De acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM, em 2020 foram registradas 28.620 mortes por câncer de pulmão no Brasil. No mundo, são 1,8 milhão de mortes anuais (o mais letal de todos, respondendo por 18,4% de todas as mortes por câncer), segundo o levantamento Globocan, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS).

Sobre a Sociedade Brasileira de Radioterapia – A Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), fundada em 1998, é uma associação civil, brasileira, associativa e científica de direito privado, sem fins lucrativos, que reúne e representa os médicos radio-oncologistas, legalmente registrados no Brasil. Mais informações: https://sbradioterapia.com.br/

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