Mauro Picini – Turismo 14/12/2023

O turismo sustentável pede uma ocupação responsável das margens do rio Paraná

Por Paulo Angeli*

Imaginem a herança que podemos deixar para as futuras gerações: uma cidade exuberante, que nos brinda não apenas com a majestade das Cataratas do Iguaçu e uma série de atrativos, como também é agraciada com a proximidade das serenas margens do rio Paraná.


Este rio, uma das joias naturais da América do Sul, anseia por uma abordagem turística e ocupacional que se pautem pela responsabilidade – um caminho de relevância e urgência frequentemente negligenciado.
O tempo está passando e para colocar a ideia em prática chegou o momento de parar, ao menos por ora, de vislumbrar projetos megalomaníacos de costaneiras imponentes. Que tal começarmos com passos curtos, mas constantes? Uma proposta pontual seria pegar ruas específicas e fazê-las chegarem ao rio e lá montar uma estrutura de visitação, gastronomia, contemplação e interação. Uma ocupação ordenada traria a valorização do espaço, com a criação de um novo produto turístico.
Além de oferecer paisagens deslumbrantes e uma rica biodiversidade, essas margens representam oportunidades para o lazer e o turismo, desde que meticulosamente planejadas e regulamentadas. Trilhas, mirantes e centros de visitantes permitiriam aos turistas apreciarem a beleza do rio sem causar danos significativos ao ecossistema.
Entretanto, quando se menciona ocupação, é crucial enfatizar um enfoque que harmonize conservação ambiental e progresso econômico, evitando a degradação do solo, o desmatamento indiscriminado e a contaminação da água. Por isso, a implementação de práticas agrícolas sustentáveis, a proteção das áreas de floresta e a conscientização sobre o descarte adequado de resíduos são medidas fundamentais. Somente assim se preservará este habitat singular.
A educação e sensibilização dos moradores locais e visitantes assume um papel central nessa empreitada. Programas educacionais ambientais poderiam iluminar as implicações de suas ações sobre o ecossistema, encorajando ações responsáveis. Campanhas de conscientização, da mesma forma, poderiam salientar a premente importância de conservar as fontes hídricas, contribuindo para uma cultura de ocupação responsável.
Investir em turismo sustentável pode gerar vantagens econômicas significativas para a comunidade. O ecoturismo, por exemplo, poderia potencializar empregos e realçar os recursos naturais da região. Iniciativas como trilhas para caminhadas, passeios fluviais e observação da fauna e flora local atrairiam apreciadores da natureza, impulsionando o desenvolvimento econômico local.
A interação entre a população e os turistas pode impulsionar a economia local. Quando os moradores se envolvem na prestação de serviços turísticos, como a hospedagem em suas casas, a venda de produtos artesanais ou a oferta de passeios guiados, ocorre um aumento nas oportunidades de emprego e no fluxo de renda para a comunidade. Além disso, o turismo pode estimular o empreendedorismo local, levando ao surgimento de novos negócios e ao fortalecimento da economia regional.
Em suma, a ocupação responsável deve entrar em pauta. Ao fomentar essa interação, podemos criar uma experiência turística enriquecedora, autêntica e mutuamente benéfica, construindo pontes entre diferentes culturas e contribuindo para um mundo mais harmonioso e conectado.

*Paulo Angeli é presidente do Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (Comtur) e idealizador do Festival das Cataratas.

Parque Nacional do Iguaçu celebrou o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência com 176 convidados da APAE

O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência (DNPD) foi celebrado, nesta terça-feira, 5 de dezembro, no Parque Nacional do Iguaçu. Cerca de 176 participantes, entre alunos, professores e acompanhantes da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), fizeram uma visita especial à unidade de conservação. Muitas histórias, troca de experiências e contato com a natureza alegraram os visitantes.
Todos que visitaram o parque tomaram um banho de Cataratas do Iguaçu, lavaram a alma com a força das águas e se mostraram bastante animados com as aparições de animais. Experiências marcantes para compartilharem depois.
A visita à unidade de conservação contou com muitas fotos no cenário da Maravilha Mundial da Natureza. Ao final, eles puderam repor as energias, na Praça de Alimentação, com os lanches temáticos do parque.
Conforme Maria Edna Amaro, coordenadora pedagógica da APAE, a iniciativa é muito importante para os alunos. “Este dia faz toda a diferença para eles, é uma oportunidade única que muitos têm de vir aqui. É um passeio maravilhoso, todos ficam muito felizes em participar, ficam animados para esse dia.”
Quem também aprovou a experiência foi Jorge Cáceres, aluno da APAE. “É demais ver a natureza assim de pertinho. Estou gostando muito do passeio, é muito bom. Já quero voltar para viver tudo isso novamente. Muito legal visitar as Cataratas do Iguaçu.” A ação da concessionária Urbia Cataratas integra a iniciativa coordenada pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat). O transporte foi da Mac Foz Turismo, parceira na ação. Crédito das fotografias: Nilmar Fernando e Cesar Muller

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