Com as temperaturas baixas, cuidados com a produção de peixe devem ser redobrados

Os meses considerados mais frios do ano colocam em alerta os piscicultores de Toledo e região. A variação das temperaturas baixas impacta no metabolismo dos peixes e diversas reações em cascata podem ocorrer, como o surgimento de doenças ou a mortalidade de algumas espécies.

O município de Toledo registra uma segunda onda de frio e de forma intensa. As baixas temperaturas estão se prolongando e os produtores podem prever algumas situações para evitar a mortalidade no viveiro ou doenças nos peixes. O médico veterinário do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Gelson Hein, comenta que os produtores não apresentaram problemas em seus viveiros entre a primeira onda e a segunda de frio. No entanto, ele acredita que alguns reveses podem ser registrados a partir da próxima semana. “Ao longo desta semana, baixas temperaturas foram registradas e elas precisam ser levadas em consideração”.

Também é preciso ponderar a condição climática favorável durante o dia. “O tempo fica limpo e as temperaturas mais elevadas. Até esta quinta-feira (16), sabemos que o tempo é de sol. A temperatura mais agradável estimula que o peixe queira se alimentar, pois os animais ficam mais ativos com a presença do sol”, explica Hein.

O médico veterinário comenta que quando o peixe não consome muito o alimento, a orientação é que o produtor reduza a quantidade ofertada. “Essa decisão pode desencadear outro problema, pois pode refletir em menor imunidade do peixe em função dele não estar bem alimentado”, afirma Hein ao complementar que o produtor deve observar a temperatura para alimentar o peixe. “Quando a ração não é consumida, ela deteriora a qualidade da água, o que provoca stress no peixe e, principalmente, a baixa qualidade da água”.

Em geral, a recomendação é observar o comportamento do peixe para evitar excesso de ração e, por consequência, sobras no tanque. “Aquele peixe que procura a ração deve receber em pequena quantidade. Assim, ele manterá a sua condição física e o seu metabolismo bons”.

ORIENTAÇÕES – Outro cuidado que deve ser adotado pelo produtor é o uso em excesso do aerador. “No inverno, existe uma retenção maior do oxigênio, devido a baixa temperatura. Com isso, o produtor deve ter o cuidado em não usar em excesso a aeração, porque o ambiente externo (fora da água) registra baixa temperatura, principalmente no período noturno, o que refrigera ou esfria mais a água”, pondera Hein.

Ele acrescenta que o produtor deve verificar (com oxímetro) a necessidade real do oxigênio no viveiro para evitar o resfriamento da água. “Neste momento, a renovação deve ser menor ou quase nula. Isso dependerá de vários critérios de análise, mas principalmente considerando a temperatura da água. Nos encaminhamos para temperaturas extremamente baixas e se tiver excesso de aeração, problemas mais sérios podem ser registrados”.

Ainda no período de temperatura baixa, o produtor deve evitar qualquer tipo de manejo com o peixe. Ele relata que nem biometria é recomendada. “O peixe não deve sofrer stress. Para isso, é preciso evitar o uso de rede, tarrafa, troca de viveiro ou algo do gênero. Se o produtor observar algo diferente deve procurar por uma assistência técnica para ser tomada providência corretiva ou preventiva”.

Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.