Com aumento do combustível a solução é buscar meios de transportes alternativos
Será a nova era dos transportes sustentáveis e alternativos? Se a resposta estiver baseada no aumento do combustível, sem dúvida, vai ter muita gente buscando outros meios de locomoção. Seja a bicicleta de pedal ou a elétrica, motocicleta ou patinete elétrico, qualquer uma das opções permite reduzir os custos em relação ao posto de combustível.
O último reajuste dos combustíveis, ocorrido na semana passada, já fez com que diversas famílias reavaliassem os gastos com o transporte. “Com o valor médio de R$ 7,00 o litro da gasolina estamos ficando sem alternativa para manter as finanças no verde”, relata a manicure Aline Santos. “Já fizemos cortes ainda no ano passado para equilibrar as contas, mas agora, a alternativa é deixar o carro mais na garagem”.
Conforme Aline, entre o deslocamento para deixar o filho na escola, no curso de inglês e na aula de arte marcial, atendimento a domicílio, e outros trajetos (como supermercado, farmácia, casa dos familiares), faz com que ela tenha que encher o tanque do automóvel, praticamente, duas vezes por mês. “A gente circula bastante para as atividades diárias e isso não tem como mudar. O jeito vai ser adotar outro meio de transporte”.
Na casa da Aline, a ideia é comprar uma bicicleta elétrica. Ela conta que estava com a intenção de adquirir o meio de transporte e faltava apenas um ‘empurrãozinho’ que o reajuste no combustível se encarregou de dar. O próximo passo, segundo ela, é fazer uma cotação (modelo, valor, forma de pagamento) para que a compra, de fato, seja efetivada.
“Sempre gostei de andar de bicicleta. Contudo, a praticidade do carro é indiscutível – é seguro, protege da chuva e do frio, permite carregar até cinco pessoas – porém, o momento exige mudança. Vejo que com uma bici elétrica será possível reduzir significativamente os custos com combustível, além de praticar uma atividade física (porque a intenção também é pedalar) e estar contribuindo com o meio ambiente com a redução da emissão de gases”, pontua os benefícios ao enfatizar que o carro será utilizados em situações mais pontuais.
FOCO NO MERCADO – O sócio-proprietário de uma bicicletaria da cidade André Bordignon conta que comercializa o meio de transporte desde 2011. Ele afirma que a venda é crescente, pois as bicicletas elétricas são procuradas por pessoas na melhor idade (devido a praticidade e não exigir nenhum tipo de habilitação) e também público jovem e adulto (como uma forma de economizar).
“Ainda é cedo para uma análise concisa do aumento das vendas, isso como um reflexo do valor do combustível. Contudo, desde o início de março a comercialização dos modelos de bicicletas elétricas teve aumento em torno de 30% a 40%. A procura em saber como elas funcionam, os valores, os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) necessários para a segurança tem aumentado significativamente”, comenta.
Bordignon relata que esse meio de transporte é uma alternativa que permite a locação sem alto busco. Ele pontua que os modelos apresentam na descrição bandeira econômica em relação ao consumo de energia elétrica para a carga, além disso, a manutenção da bicicleta é relativamente mais barata que a manutenção convencional de um veículo.
“O mercado está cada vez mais versátil. Além de variação de modelos e opcionais, as condições de pagamento também estão melhorando. Já atendi clientes que conseguiram linhas de financiamento e isso permitiu a aquisição”, destaca.
MODELOS – O mercado oferece variações de modelos, corres e acessórios. As bicicletas elétricas novas variam de R$ 6.500,00 – as mais completas, com faróis dianteiro e traseiro, piscas, partida no botão da chave, travas, alarme e acento para um passageiro, entre outros itens – até R$ 5.500,00 – tipos mais simples. As seminovas podem ser encontradas por outras faixas de preço que irão variar de acordo com o estado e tempo de utilização das bikes.
O sócio-proprietário recorda que há algum tempo os fabricantes modificaram a potência das bicicletas, pois antes elas atingiam até 60 quilômetros por hora e, agora, chegam ao máximo 30. Mesmo sem chegar a atingir velocidades elevadas, ele alerta que, por se tratar de um meio de transporte, é preciso que os ciclistas obedeçam à sinalização, trafeguem nas ciclovias e ciclofaixas e usem os equipamentos de segurança.
MAIS ALTERNATIVAS – Outras opções de meio de transporte alternativo são as motocicletas e os patinetes elétricos. Para essas categorias (mais potentes) a utilização não é tão simples quanto a da bicicleta, pois em meios de locomoção com motores de maior potência é preciso ter a Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) e isso envolve o cumprimento de exigências legais que visam promover mais segurança no trânsito.
“Independentemente da opção do meio de transporte, as orientações são as mesmas: a primeira é promover um trânsito mais seguro ao respeitar a legislação e adotar a direção defensiva, além disso, é importante utilizar Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), tudo para que a utilização da bike, da motocicleta do patinete elétricos atendam as expectativas e sejam opções seguras para os usuários”, conclui.
Da Redação
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