Com cobertura vacinal abaixo do preconizado, Toledo promove ações para melhorar índices

A meta de vacinação contra o sarampo está abaixo do preconizado no Brasil neste ano. Conforme o Ministério da Saúde, 47,08% das crianças receberam o imunizante em 2022, sendo que a meta de cobertura vacinal é 95%. Uma realidade vivenciada no estado do Paraná e o município de Toledo segue essa tendência.

A enfermeira da Vigilância Sanitária, Rosana Cerbarro, explica que o Brasil recebeu a certificação de país livre do sarampo pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), em 2016. A partir daquele ano, passou a registrar o avanço da doença. Rosana recorda que em 2018 foi realizada uma campanha e, a princípio, ela duraria um mês, porém o trabalho seguiu até o final do ano.

Em 2022, a Campanha do Sarampo aconteceu com a da Influenza. “Crianças acima de seis meses e menores de cinco anos e os trabalhadores em Saúde precisam estar vacinados contra o sarampo. Os profissionais em Saúde precisam estar vacinados, porque a Vigilância realiza essa cobrança. Todas as crianças estão recebendo doses extras”, destaca Rosana.

A enfermeira da Vigilância Sanitária pondera que a Campanha de Multivacinação deve acontecer no mês de agosto. “O objetivo principal é ampliar a vacinação e a melhorar a meta de cobertura vacinal”.

CAUSAS – Uma das consequências da queda da vacinação está relacionada ao cotidiano agitado da família. Muitas vezes, a rotina do trabalho não possibilita que os pais ou os responsáveis levem as crianças, por exemplo, para receberam a dose de vacina no dia determinado.

Rosana destaca que quando as Unidades Básicas de Saúde abrem em horários diferenciados, elas possuem um movimento maior e colaboram com o processo de vacinação e com a busca das famílias.

Outro fator citado pela enfermeira é a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Foram dois anos sem que as pessoas saíssem de suas residências”. Além disso, o movimento antivacina intensificou nos últimos anos, principalmente, quando foi referente a Covid-19. Entretanto, essa ação ‘respingou’ nas demais vacinas”. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) realizam as buscas ativas. Rosana salienta que cada UBS tem o seu quantitativo e, por isso, da realização deste trabalho.

A declaração de vacina no momento da matrícula da criança pode colaborar na melhora deste índice. A enfermeira menciona que a declaração para a renovação da matrícula ou para os estudantes novos é solicitada anualmente. “A escola deve aceitar a matrícula e os familiares ou os responsáveis possuem um tempo para regularizar a situação na escola”.

Ainda para melhorar o índice de cobertura vacinal de sarampo, em Toledo, neste sábado (23) acontece mais um Dia de Vacinação. As Unidades Básicas de Saúde abertas são: Maracanã, Centro, Coopagro, Jardim Porto Alegre e Panorama. O atendimento acontece das 8h às 17h. Em Novo Sarandi, a vacinação é finalizada no meio-dia.

Outra estratégia para ampliar a cobertura vacinal promovida, em Toledo, é que algumas Unidades Básicas de Saúde ficam abertas até às 21h neste mês de julho e para a aplicação de todas as vacinas. Seguem os locais:

– Segundas – Maracanã;

– Terças – Centro;

– Quartas – Panorama;

– Quintas – Coopagro;

– Sextas – Europa.

Rosana comenta que foram escolhidas as Unidades com maior demanda de população e procura, porém não significa que tenha o maior público faltante. “A orientação é a população procurar a Unidade com o cartão de vacina e atualizá-la”.

IMUNIZANTE – A proteção contra o sarampo é feita com a vacina tríplice viral, que imuniza também contra a caxumba e a rubéola, e faz parte do calendário de vacinação. A tríplice viral é geralmente aplicada em duas doses. A primeira, tomada com um ano de idade, e a segunda, com 15 meses. A campanha de 2022 começou em janeiro e vai até dezembro deste ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgaram dados, na última sexta-feira (15) que mostram que a queda da vacinação infantil não ocorreu apenas no Brasil. No mundo, foi registrada a maior queda contínua nas vacinações infantis nas últimas três décadas.

Da Redação

TOLEDO

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