Ações de combate à dengue em Toledo são analisadas por comitê intersetorial

A sede do Centro Municipal de Controle e Endemias recebeu, na tarde de terça-feira (7), a quinta reunião do ano do Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo. Em pauta, atualização dos dados epidemiológicos referentes à dengue em âmbito municipal e estadual, proposta de novas ações de combate ao Aedes aegypti e definições relacionadas a mudanças do regimento interno, entrada de novos membros e periodicidade dos encontros.

No começo da conversa, foram apresentados dados referentes à evolução de casos e notificações (curvas de controle) nas últimas semanas e à quantidade de consultas nos prontos-atendimentos (UPA e PAM) e na unidade sentinela da Vila Paulista. “Estamos monitorando esta situação diariamente e, ao que tudo indica, temos um quadro epidemiológico que está melhorando, com queda na procura de pacientes com dengue procurando estes serviços. Contudo, estamos percebendo o aumento de pessoas com sintomas respiratórios, razão pela qual pedimos para que a população com mais de 6 meses tome a vacina contra a Influenza, vírus que causa a gripe”, pontua a secretária da Saúde e presidente do comitê, Gabriela Kucharski.

“Mesmo com a redução na demanda, ainda estamos num patamar alto. Por isso, nossa situação ainda não é muito confortável. Temos duas sorologias, tipo 1 e tipo 2, em circulação no nosso município e há cidades paranaenses com o tipo 3 presente. Devemos nos manter alertas para esta doença que já fez 21 vítimas fatais, um recorde negativo na história de Toledo”, adverte a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Toledo, Juliana Beux Konno.

Logo após, foram mencionadas ações realizadas pela SMS desde a última reunião. “Sobre a vacinação, ela já está em todas as unidades da cidade e do interior. Por ter um público-alvo relativamente pequeno, o impacto da campanha ainda não será sentido neste ano epidemiológico. É só a partir de 2024/2025 que começaremos a perceber os resultados”, acrescenta a diretora.

VACINAÇÃO

Ainda sobre a vacinação contra a dengue, Gabriela considera boa a adesão. “Tão logo o Ministério da Saúde nos avisou que nos enviaria remessa de doses, logo treinamos as equipes, pois se trata de um novo imunizante. Considero, até o momento, um número expressivo de doses aplicadas, pois muitas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos foram às unidades de saúde, mas saíram de lá sem serem vacinadas pois haviam tido dengue há pouco tempo. Para evitar riscos, recomenda-se um intervalo de 6 meses a contar do diagnóstico da doença”, alerta a secretária. “Muitos nos questionam sobre se vamos ou não ampliar a faixa etária e a isso vai depender de orientações do Ministério da Saúde. Isso não muda o fato de que a principal forma de prevenção é combater os focos do Aedes, pois sem mosquito não tem doença uma vez que a dengue não é transmitida de pessoa para pessoa”, salienta.

TOLEDO

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