Comitiva de São Paulo conhece piscicultura de Toledo e região

Pesquisadores, técnicos e produtores do interior de São Paulo realizaram uma visita técnica em Toledo e em municípios da região para conhecer a realidade da piscicultura e os avanços tecnológicos. A comitiva também visitou as cidades de Ouro Verde do Oeste, Nova Aurora, Assis Chateaubriand e Marechal Cândido Rondon. O médico veterinário do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) Gelson Hein recebeu a comitiva.

Alguns produtores da região de São Paulo trabalham com tilápias e outras espécies de peixes. “Os profissionais e os produtores conheceram a experiência de produtores que trabalham com Cooperativas e também dialogaram com outro grupo de produtores para conhecer as estratégias de comercialização. Além disso, conheceram o sistema de produção de tilápia na região”.

EVOLUÇÃO – Com o passar dos anos, o Paraná evoluiu na produção de tilápia e a indústria colabora com o sistema de produção adotado na região. “Há 20 anos, os viveiros eram menores, assim como o tamanho do peixe. Atualmente, as áreas de produção são maiores, pois as indústrias absorvem os peixes para fazer o abate. Anteriormente, a produção era de cinco toneladas/dia; hoje ela oscila entre 80 e 150 toneladas/dia”, afirma Hein.

No interior de São Paulo, os produtores possuem a intenção de ampliar a produção seja com a tilápia ou o pangasius (bagre de origem Tailandesa). A comitiva teve acesso aos avanços tecnológicos da regional de Toledo, principalmente, aquelas destinadas para a tilápia.

O médico veterinário do IDR-PR explica que a tecnificação de produção da tilápia possibilita trabalhar com uma biomassa (número de peixes) elevada. “Mas até chegar a esse cenário, a atividade exige investimentos, considerados altos e, de maneira geral, a cadeia precisa estar ordenada”.

A região Oeste do Paraná é um exemplo. Hein salienta que a atividade está organizada e com uma boa condição de produção, o que atrai a atenção de outros estados. “O Paraná possui novas tecnologias na área de automação, considerando as inovações nos tanques para reduzir a mão-de-obra e, por consequência, minimizar o trabalho manual do produtor e ampliar o controle de sistema de produção”.

O Paraná é o maior produtor de tilápia. O médico veterinário comenta que isso se deve a ousadia do produtor, pois ele busca por novas tecnologias, realiza os investimentos necessários e, posteriormente, tem o retorno financeiro.

RETORNO – O retorno econômico da piscicultura ao produtor tem sido atrativo nos últimos 15 meses. “As causas são diversas, como o aumento da procura pelo peixe e os ajustes promovidos na cadeia”, menciona Hein.

O produtor recebe pelo seu produto em torno de R$ 9,50 o quilo de peixe vivo. Enquanto que o custo de produção está em torno de R$ 7,00. O médico veterinário explica que é preciso considerar a existência de uma variação para mais ou para menos, dependendo da estrutura de cada produtor e do custo de produção, como mão-de-obra. “Investimentos foram realizados na piscicultura, como na área de energia elétrica com a implementação de placa fotovoltaica”. Hein salienta que apesar de ser um investimento, ele reduz o custo variável da produção entre 5 e 8%. “É um dos retornos que entra no bolso do produtor. Com isso, a região também avança em questão de desenvolvimento”, finaliza o médico veterinário.

Da Redação

TOLEDO

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