Condições das lavouras de milho permanecem estáveis na regional de Toledo

As chuvas registradas nos últimos dias devem colaborar na recuperação das plantas de milho. Elas foram impactadas pela estiagem que perdurava na maioria do Paraná. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), na regional de Toledo, o desenvolvimento do grão segue normal. O levantamento do Deral é publicado sempre na quinta-feira de cada semana.

Segundo o levantamento, as condições das lavouras permanecem estáveis nesta semana quando comparadas à semana anterior no Estado. Dos mais de 2,4 milhões de hectares plantados, 84% da área apresenta condição boa, 14% condição mediana e 2% tem condição ruim no campo no Paraná. Na regional de Toledo, 95% da área apresenta condição boa de desenvolvimento do grão e 5% é considerada mediana.

A agrônoma e técnica do Deral Jean Marie Ferrarini Triches enfatiza que a condição da lavoura é considerada normal. “O milho está em fase de frutificação. As doenças e as pragas já registradas estão dentro de um previsto considerado aceitável. De maneira geral, a safra está dentro de uma normalidade”.

CONDIÇÃO CLIMÁTICA – Jean Marie explica que a atual condição climática com chuvas e temperaturas baixas – de certa maneira – não interferem no desenvolvimento da cultura. “O que pode ocorrer é a fase de frutificação ficar mais alongada”.

Neste momento, o produtor deve somente acompanhar o tempo. A chuva deve cessar nos próximos dias e, a princípio, não tem previsão de geada. Contudo, o clima é muito instável, ou seja, ele pode mudar a qualquer momento. “Quando sair o sol, o desenvolvimento da cultura vai melhorar”, afirma a técnica do Deral.

A expectativa é a chuva parar, porque a espiga já está formada. Por isso, é preciso aguardar que o tempo colabore e faça sol nos próximos dias. Jean Marie afirma que a colheita do milho segunda safra deve iniciar entre os meses de julho e de agosto. “Se o clima estivesse quente, como estava anteriormente, nós já teríamos a colheita do grão em algumas lavouras”.

Ela salienta que o sol é bem-vindo na lavoura. O frio é uma consequência da estação. “Com o clima é preciso ter paciência. Além disso, as previsões estão dentro da normalidade”.

Para a regional de Toledo, a previsão da produção de milho está em 2.700 milhões toneladas. “Na atual condição, a safra não tem motivo para quebrar. Além disso, avaliar a qualidade do milho não é correto”, pondera Jean Marie.

SOJA – O levantamento do Deral ainda aponta que os preços do cereal mantêm a tendência de queda. Atualmente, o preço recebido pelo produtor pela saca de 60 kg está abaixo de R$ 46,00, queda superior a 40% quando comparado ao fechamento de maio no ano passado.

Segundo o levantamento, a comercialização da safra de soja 2022/23 segue lenta no Paraná. “Na média das últimas safras a comercialização chegava a superar 70% da produção, no último relatório no final de maio este percentual era de 43% e não deve ter evoluído muito nos últimos 15 dias. A queda nos preços da oleaginosa faz com que o produtor que tem possibilidade de armazenagem acabe segurando mais o produto”.

O preço recebido pelo produtor de soja pela saca de 60 kg é em torno de R$ 119,00, queda de aproximadamente 32% quando comparado a junho de 2022, onde a cotação atingia R$ 176,00. “Uma maior oferta do produto no mercado doméstico, cotações em queda no mercado internacional, valorização do Real frente ao Dólar são alguns fatores que pressionam o preço da soja atualmente”, informa o levantamento.

Da Redação

TOLEDO

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