Associação prepara programação para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

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A Associação de Familiares e Amigos dos Autistas de Toledo segue com os trabalhos. No momento, a entidade não abre as portas para os atendimentos presenciais, pois precisa contar com a disponibilidade dos voluntários. As próximas atividades previstas no calendário envolvem ações voltadas ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo – celebrado na data de 2 de abril.
“Em relação aos trabalhos, estamos avançando aos poucos”, cita a presidente da Associação de Familiares e Amigos dos Autistas de Toledo, Roseli de Lima de Oliveira. “Teremos um evento no dia 5 de abril com uma palestra e brinquedos para as crianças, ainda iremos confirmar o horário. Outro evento está previsto para o dia o 23 de abril, ambos sobre o mês de conscientização sobre autismo”.
A presidente explica que de acordo com a demanda e necessidade de atendimento, acontecem atendimentos durante a semana, mas de acordo com a disponibilidade dos voluntários. Algumas famílias são atendidas via telefone para que possam receber as orientações. Ela reforça que, infelizmente, a entidade não tem condições de deixar alguém em tempo integral na Associação.
“Não temos horários de atendimentos diários, pois as pessoas que participam da Associação são todos voluntários. Para fazermos a carteirinha e o cadastros dependemos da disponibilidade dos voluntários, com isso, temos aberto a Associação a cada 15 dias – para esse tipo de trabalho e para as orientações aos interessados”, pontua.
PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS – “Atualmente, a Associação conta com aproximadamente 386 famílias cadastradas. Uma de nossas maiores dificuldades, hoje, é que temos esse número de famílias cadastradas, mas as que participam, as que frequentam quando fazemos evento é muito pouco, são sempre as mesmas. É importante contar com a participação das famílias, pois todo o auxílio é essencial”, conclui.
A ASSOCIAÇÃO – A Associação de Familiares e Amigos dos Autistas de Toledo foi criada em 5 de setembro de 2010. Desde sua implantação, a instituição trava uma luta por inclusão, atendimento especializado e mais qualidade.
LUTA CONTRA O PRECONCEITO – PRECONCEITO
Fisicamente não é possível ver algum tipo de indicativo, pois se trata de algo comportamental. Nem sempre fica evidente que a pessoa tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA). É preciso ter sensibilidade e enxergar mais do que aparência e comportamento. O preconceito é um obstáculo. A pessoa com TEA e seus familiares ainda enfrentam a falta de inclusão social e inserção na sociedade e, nem sempre, têm os direitos garantidos. Todos os dias, pais, mães, avós sofrem julgamentos descabidos diante de situações inusitadas com entes queridos autistas. Uma sociedade bem informada, que é sensível às lutas alheias, se torna menos preconceituosa.
QUALIDADE DE VIDA – A qualidade de vida das pessoas com TEA está relacionada a identificação precoce e as terapias realizadas, por isso, é importante que esse público tenha acesso aos atendimentos, tenha uma rede de apoio, bem como seus familiares. A qualidade de vida envolve atendimento médico e de uma equipe multidisciplinar, geralmente, composta por profissionais na área de fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia e terapeuta ocupacional.
O diagnóstico de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), geralmente, inicia com o pediatra durante as consultas mensais de acompanhamento do desenvolvimento da criança. Quando surgem dúvidas em relação a comunicação, interação social e padrões restritos e estereotipados do comportamento, a criança é encaminhada para o neuropediatra ou psiquiatra infantil para iniciar a investigação com a equipe multidisciplinar. O caminho pode ser complexo até chegar ao diagnóstico e quem pode sofrer nesse processo é o paciente e seus familiares.
Atualmente, o que se tem de comprovação científica indica que a melhor linha a ser trabalhada com o transtorno é a análise aplicado do comportamento, com suporte para as famílias instrumentalizando os cuidadores para dar continuidade no trabalho em casa e também suporte para a escola. O TEA apresenta três níveis que vão direcionar as necessidades de apoio. São eles nível 1: caso leve, pouco apoio; nível 2: moderado, necessita de suporte substancial e nível 3: severo, apoio muito substancial ao longo de toda vida.
Da Redação
TOLEDO