Conselho de Desenvolvimento do Agronegócio trata sobre o Plano Safra 2023/24 e gripe aviária

O Plano Safra 2023/24 deve ser o maior da história do Brasil com R$ 410 bilhões. Mas, os juros elevados podem comprometer a eficiência do orçamento, principalmente no que diz respeito à equalização. Esse assunto foi abordado durante a reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio de Toledo (CMDAT) no início deste mês.

Especialistas explicam que a equalização acontece quando o governo cobre a diferença entre a taxa de juros praticada no mercado financeiro. Ela tem variações ‘ancoradas’ na Selic; atualmente, em 13,75% ao ano e a taxa paga pelo produtor.

O presidente do Conselho, João Luís Nogueira, explica que os membros lamentam que os juros estão altos. “Os produtores buscarão esses financiamentos, tanto para custeio como para investimento, a partir deste mês”.

Nogueira salienta que algumas linhas foram abordadas com mais recursos. Uma considerada importante é a construção de novos espaços para armazenamento do grão. “O próprio Porto não absorveu a produção de milho e esse tipo de problema de congestionamento no local deve continuar. A produção do Brasil seguirá e os portos precisam se modernizar para atender a demanda”.

DISPONIBILIDADE – O presidente do Conselho destaca a importância de o recurso ser incrementado. “Os recursos financeiros são maiores, porém é importante que eles estejam disponíveis no momento certo ao produtor. Por sua vez, o produtor deve manter o cadastro ambiental atualizado e, por consequência, terá acesso ao crédito”.

Na oportunidade, Nogueira enfatiza a taxa de juros Selic está em alta. “É uma situação que afeta o financiamento da Safra. O agronegócio não pode ser penalizado, uma vez que é o setor que atrai mais divisas para o Brasil”.

A produção primária da Agropecuária somada com o valor agregado participa com 42% das exportações do país. O presidente da entidade menciona que o agronegócio é um setor que tem a balança comercial superavitária, ou seja, o país está exportando mais produtos do que importando. Por isso, precisa ter um ‘olhar’ com mais cautela.

“Um país tão importante não merece taxas de juros tão elevadas, ainda mais com os indicadores de inflação em queda. Os indicadores são menores, o que dá condição de reduzir as taxas de juros”, esclarece Nogueira.

GRIPE AVIÁRIA – Outro assunto abordado pelos conselheiros foi a gripe aviária. Os casos estão aumentando no Paraná. Embora, os focos estejam ampliando no litoral, distante da região produtora local. “Explicações e alertas foram repassadas pelo técnico do Adapar. Fato é que o produtor não deve estar em pânico. No Paraná, o trabalho para evitar a contaminação está sendo bem feito. O Plano de Contingência é uma realidade efetiva no Paraná. Contudo, o produtor deve ficar atento a qualquer sintoma no animal”, pondera Nogueira.

Em caso de suspeita da gripe aviária, a recomendação é manter contato com a Adapar. Os técnicos são responsáveis pelas providências, como isolar o foco. “Isso não significa que vai parar a produção ou a exportação. Nós devemos fazer o nosso trabalho de contenção, porque exportamos para vários países e cada um tem o seu protocolo. O Estados Unidos convive com a gripe aviária. Se o Brasil tiver que conviver, faremos da melhor maneira possível e esse momento será superado, pois precisamos produzir e exportar. Apesar que grande parte da produção de frango fica no mercado interno, o maior consumidor da carne. Caso aconteça desse vírus chegar até aqui, as providências serão adotadas”, finaliza o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio de Toledo.

Da Redação

TOLEDO

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