Consolidação do PIX: prática e rápida, ferramenta deve ser utilizada com atenção
A transferência por meio de Documento de Ordem de Crédito, o famoso DOC, encerrou na última segunda-feira (15), às 22h. No ano passado, as instituições bancárias haviam anunciado o fim da modalidade de transferência. A data máxima de agendamento do DOC vai até 29 de fevereiro, quando os bancos terminam de processar os pagamentos, encerrando o sistema definitivamente.
Também deixa de ser oferecida a modalidade de Transferência Especial de Crédito (TEC). Utilizada principalmente para transferência de grandes valores, a Transferência Eletrônica Disponível (TED) continuará em vigor. Criada em 2002, a TED permite o envio dos recursos entre instituições diferentes até as 17h dos dias úteis, com a transação levando até meia-hora para ser quitada.
No caso do DOC e TEC, essas duas modalidades perderam espaço para o PIX, sistema de transferência instantânea do Banco Central sem custo para pessoas físicas.
A rapidez e facilidade tornaram o PIX a modalidade preferida dos brasileiros. Levantamento feito pela Febraban, sobre meios de pagamento com base em dados divulgados pelo Banco Central, o PIX somou 17,6 bilhões de operações no primeiro semestre de 2023.
O economista Jandir Ferrera de Lima comenta que depois do PIX, os modelos de pagamento mais utilizados pelos brasileiros são o cartão de crédito e depois o de débito.
“O modelo Documento de Ordem de Crédito (DOC) e Transferência Especial de Crédito (TEC) ficam em sétimo e oitavo lugar, respectivamente. O PIX caiu no gosto dos consumidores e empresários por ser prático, rápido, gratuito e os valores são transferidos no mesmo instante. Nas operações de DOC as transferências ocorriam em 24 horas. Por conta dos custos e prazos, o DOC e a TEC perderam o foco dos agentes econômicos”, cita ao reforçar que a Transferência Eletrônica Direta (TED) continuará funcionando como uma alternativa ao PIX. “Pois a TED permite transferências em valores mais significativos e em alguns bancos e cooperativas de crédito é gratuito para os clientes”.
Contudo, o usuário do PIX deve ficar atento aos golpes envolvendo essa ferramenta. Lima pontua que a atenção deve ser também aos valores a serem transferidos. “Da mesma maneira aqueles que vão receber o Pix devem ter condições de conferir ou visualizar a transferência instantânea. Como as chaves do PIX são números de documentos ou celulares, elas ficam mais acessíveis aos golpistas. Por isso a necessidade de cuidados redobrados com aplicativos, aparelhos celulares e leitores de QR Code”, esclarece.
FUNCIONALIDADE – O Pix foi lançado no dia 5 de outubro de 2020, para o cadastramento de chaves. De 5 a 15 de novembro passou por uma fase de testes para detectar possíveis falhas, iniciando oficialmente, de forma integral, em 16 de novembro. Dois anos depois do lançamento, a ferramenta já contabilizava 523,2 milhões de chaves cadastradas e 26 bilhões de transações, consolidando-se como o meio de pagamento mais utilizado no país. O economista Jandir Ferrera de Lima lembra que atualmente, a praticidade do PIX aumentou com a possibilidade de agendar transferência e programar pagamentos. E os cuidados ficam redobrados com os golpes envolvendo essas atividades.
“O ideal é que as pessoas tenham um celular exclusivo para aplicativos bancários e outro para os passeios e atividades do dia a dia, evitando assim expor o acesso do PIX a meliantes, em caso de furto ou roubo do celular. Outro cuidado é a informação de dados pessoais por telefone e redes sociais, expondo informações aos golpistas”, finaliza Lima.
Com informações da Agência Brasil*
*Da Redação
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