‘Válvula de escape’: consumo de doces pode estar relacionado a condições emocionais
O consumo desenfreado de doces, apurado nos últimos anos, tem despertado ainda mais preocupação em profissionais e órgãos ligados a saúde, não somente pela sua relação direta com o aumento de peso, mas também devido aos impactos negativos relacionados a saúde física e mental das pessoas.
Para quem não dispensa uma sobremesa – como uma necessidade – é preciso estar atento a fatores que podem desencadear esse consumo. Aquele desejo que surge repentinamente de comer um doce pode estar ligado a questões psicológicas e comportamentais.
“É importa estar em alerta, pois o desejo em consumir doce pode estar relacionado as situações de estresse”, alerta a nutricionista, Deise Baldo. “Desse forma, esse consumo é uma maneira de amenizar o momento de conflito, de ansiedade. Entretanto, envolvem comportamentos alimentares que refletem no aumento de peso”.
A profissional pontua que para muitos, um doce não é apenas um agrado ao paladar, mas uma válvula de escape para lidar com o estresse diário. No entanto, tal hábito tem potencial para desencadear uma série de problemas quando não é controlado adequadamente.
SÓ UM DOCINHO – Para muitas pessoas, os doces funcionam como uma válvula de escape emocional ao oferecer um alívio temporário diante das pressões cotidianas. Contudo, é crucial encontrar maneiras saudáveis de lidar com o estresse. A nutricionista enfatiza que a conscientização sobre hábitos alimentares e emocionais é fundamental, além de ser necessário buscar um equilíbrio na alimentação, moderando o consumo de açúcar e adotando uma abordagem mais saudável para o bem-estar.
“Vale lembrar que alimentos ricos em açúcar têm a capacidade de elevar rapidamente os níveis de glicose no sangue. Essa potencialidade estimula a produção de hormônios que melhoram o humor, como a serotonina, por isso, que vem aquela sensação de necessidade de consumir”, destaca.
Deise aleta que consumo descontrolado de doces pode desencadear sérias consequências para a saúde metabólica. “É fundamental ter consciência de que todo excesso é prejudicial. Grandes quantidades de açúcar sobrecarregam o pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina, essencial para regular os níveis de glicose no sangue”, cita ao acrescentar que em longo prazo, isso pode aumentar significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
‘BRIGA’ COM A BALANÇA – Além dos riscos metabólicos, o ganho de peso é uma preocupação frequente entre aqueles que consomem doces regularmente. O acúmulo de massa corporal pode ser rápido em alguns e mais gradual em outros. Deise comenta que estar acima do peso ideal não apenas aumenta o risco de diabetes, mas também de doenças cardiovasculares e hipertensão.
A recomendação é que aqueles que já identificaram um padrão de consumo compulsivo de doces busquem apoio especializado. A terapia nutricional e psicológica pode ser essencial para identificar as raízes desse comportamento e desenvolver estratégias para uma alimentação mais equilibrada e sustentável a longo prazo. “Cuidar da saúde deve ser uma prioridade contínua. O autocuidado envolve não apenas escolhas conscientes na alimentação, mas também a busca por suporte emocional quando necessário”, salienta.
Da Redação
TOLEDO