Cooperativa Agroindustrial solicita revisão do Projeto de Lei
A área solicitada para ser incluída no perímetro urbano em estudo é considerada crítica para quem atua naquela região, principalmente, quando o assunto é ambiental. A Coamo Agroindustrial Cooperativa encaminhou um ofício para a Câmara de Vereadores abordando o assunto e o coordenador da área de sustentabilidade da entidade Djalma de Oliveira participou da audiência pública. Na região, em questão, existe uma unidade operacional de recebimento, secagem e armazenagem de milho da Coamo.
Oliveira explica que pareceres, despachos de inquéritos civis e autos com temática semelhante são recorrentes. “Caso o loteamento residencial seja viabilizado naquela região; o empreendimento poderá causar danos ao trabalho da Cooperativa, pois pode inviabilizar a permanência da Coamo no local”.
Atualmente, as medidas para operações do milho são eficazes. No entanto, não há tecnologias que atuem em sua totalidade. Ele menciona que cabe a assessoria jurídica analisar com os seus integrantes sobre a inviabilidade ambiental e a ilegalidade do projeto proposto. “Que avalie as considerações da Cooperativa, manifeste a inviabilidade e a exclusão da área e do memorial descritivo de expansão do perímetro urbano”.
PREVENÇÃO
O coordenador, partindo do “princípio da prevenção”, solicita um novo parecer e que ele seja desfavorável ao avanço da zona urbana naquela região. “Todo mundo ama essa cidade e é a cidade que mais admiro em todos os aspectos. Porém, eu não escolheria morar em um local próximo a uma unidade operacional de recebimento de grãos”, destaca.
O profissional recorda que a Coamo precisou construir a unidade número dois, mesmo com estrutura suficiente, exatamente porque as emissões estavam difíceis de serem controladas, mesmo reduzindo o fluxo daquela unidade. “Jamais passou pela nossa cabeça que tão brevemente teríamos esse problema naquela região. Sabemos que a partir do momento que se estabelecem pessoas no entorno, no ambiental não existe direito adquirido. Infelizmente, no ambiental, se alguém se instalar próximo, o Ministério Público pode abrir um inquérito civil por poluição”.
CRESCIMENTO
Outro fator destacado pelo coordenador é que a Coamo também possui demanda operacional para ser ampliada. “A nossa área deve crescer e o potencial de emissão também. Atuo 20 anos na área ambiental e essa é uma briga constante. É impossível ter um equipamento 100% eficaz. O milho é a principal atividade na segunda safra em Toledo e a sua partícula tem grande expansão”, acrescenta Oliveira.
Ele exemplifica que em alguns anos o agricultor colhe 100 sacas. No entanto, com a evolução da produtividade pode chegar até 300 sacas. “Nós temos o problema da poeira do caminhão e isso pode ser um fator agravante aos moradores. Tenho a admiração e respeito por Toledo e não podemos ser o motivo de descontentamento de um grupo. Pessoas que olharão para a Coamo com questionamentos. Nós contribuímos há 30 anos com o desenvolvimento e a Cooperativa quer investir mais. Gostaríamos que a comunidade, a Câmara de Vereadores e os Poderes de Toledo revisem o Projeto de Lei, pois aquela localidade pode representar a inviabilidade do trabalho da Coamo”.
Da Redação
TOLEDO