PUCPR impulsiona inovação para medicina de Toledo e região

Estimated reading time: 6 minutos
O coordenador do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), campus Toledo, Emilton Lima Junior, participou nesta semana do Podcast Algo a Mais, com a jornalista Bruna Manfroi, do JORNAL DO OESTE. Na ocasião, ele comentou sobre os trâmites para a implantação do curso, as expectativas e as parcerias.
“Eu estou muito feliz com a abertura do curso. Estou aqui há um ano e meio a frente do curso e acompanhei essa parte final, a mais crítica que é a passagem pela avaliação do MEC onde tiramos nota máxima (5), e depois a contratação de professores. Nós tínhamos um pouco de insegurança, mas ficamos muito felizes e muito surpresos com a qualidade dos professores contratados”.
Emilton enfatizou que é prioridade da Universidade a contratação de professores titulados para todos os cursos. “Hoje temos uma carteira de professores e de candidatos a professores muito grande que já me garante pelo menos dois anos do curso tranquilamente. E creio que depois os processos vão acontecer naturalmente”.
O coordenador comentou sobre o perfil da primeira turma de Medicina da PUCPR Toledo. “É uma turma relativamente pequena para o que nós estávamos acostumado em Curitiba. Lá são 120 alunos por semestre, aqui eu estou com 21 alunos, então é um sonho você ter esse contato com um número tão pequeno, conhece os alunos pelo nome, tem uma proximidade muito maior com os alunos. E eles estão aproveitando, estão muito felizes”.
Durante o Podcast foi comentado sobre a abertura do campus para a visitação nas instalações do novo curso e o acolhimento que a Universidade faz com os alunos. Emilton citou que está há 50 anos na instituição, tempo suficiente para conhecer cada detalhe da PUC e citar que a Universidade mantém a mesma postura, acolhimento e forma de trabalhar seja em Toledo, Londrina ou Curitiba.
Ele ressaltou que – enquanto instituição educacional – a PUCPR tem uma grande responsabilidade com os jovens estudantes. “Não de ser o pai e a mãe, porque eu acho que isso não é o nosso papel, mas de ser a segunda casa deles. Deles se apropriarem do espaço, do pai saber de que essa receptividade é algo natural e será assim pelos seis anos ou mais”.
INOVAÇÃO – “Nós somos o melhor curso de Medicina privada do Brasil. E não se chega lá ao acaso. São 30 anos de preparação para esse momento”, citou o coordenador do curso de Medicina da PUCPR Toledo. Emilton Lima Junior reforçou que a instituição tem proposta nova pela frente. “Nós continuaremos sendo inovadores como, tradicionalmente, sempre fomos. Temos que dar atenção a esse cuidado para uma medicina contemporânea, sem abandonar tudo que nós já aprendemos até agora. Esse é o nosso compromisso. Nós vamos direcionar o nosso TCC, que é o trabalho de conclusão de curso, para a área de inovação. O que eu quero é que o nosso aluno saia com a ideia de que ele tem o potencial de fazer diferença na sociedade”.
NECESSIDADES – Emilton comentou também no Podcast sobre a rede de contatos e diálogos com autoridades que a Universidade está fazendo na região de Toledo. Ele citou visitas a equipe da 20ª Regional de Saúde de Toledo, além de prefeitos e secretários de Saúde dos municípios de abrangência da RS. “Precisamos conhecer quais são as necessidades. São necessidades simples e básicas. E é isso que queremos contribuir para a sociedade. Precisamos estar inseridos nos projetos sociais locais. E, com isso, o nosso curso tem essa visão de inovação, de olhar para as necessidades e as dores locais. Tudo o que fizer será para deixar a sociedade melhor”, explicou.
Ele reforçou que a PUCPR é parceira da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a proposta é realizar trabalhos e projetos juntos para melhorar e potencializar as capacidades, além de buscar novos parceiros como o Biopark.
INVESTIMENTOS – Entre os investimentos feitos pela instituição, o coordenador do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), campus Toledo, Emilton Lima Junior, citou duas frentes de trabalho importantes para o andamento do curso. O primeiro é o investimento em robótica, por meio de parcerias com outros cursos da Universidade para o desenvolvimento de bonecos/pacientes. “E nós estamos trazendo uma outra inovação para a tomada de decisão, que é uma plataforma chamada Paciente 360, que são pacientes virtuais que hoje, por conta da inteligência artificial, o avatar do paciente interage com você de acordo com o que você vai fazer”, explicou.
Cardiologista de formação, Emilton contou também no Podcast que buscou conhecimentos na Europa para o aprimoramento na Universidade. “E nós fizemos algumas reformas que levaram o curso de Medicina fosse reconhecido como o melhor curso de Medicina privada do Brasil. E considerando as universidades públicas e privadas nós estamos muito bem posicionado, ranqueado na medicina. E isso é fruto de um projeto de 30 anos”.
Ele salientou que é preciso estar atento ao futuro sem perder suas raízes. “A medicina do futuro tem que se espelhar nos profissionais do passado. Nas conquistas que esse pessoal trouxe até agora. Porque não é olhando para trás com ar de desdém e que estava tudo errado. Não, não estava tudo errado. Tinha muita coisa certa que nos trouxe até aqui. Então, vamos ver o que é que é bom disto, que veio do passado, vamos tentar melhorar e adaptar para as necessidades do futuro e vamos caminhar juntos. A nossa preocupação é formar um profissional humano, porque é isso que vai nos diferenciar cada vez mais das máquinas que virão com a proposta de substituir o médico. O médico que for humano, ele jamais será substituído”, conclui.
Da Redação
TOLEDO