Custo da cesta básica de Toledo aumenta 1,64% no mês de julho
O custo da cesta básica familiar de Toledo apresentou um aumento de 1,64% no período de junho e julho deste ano, após um mês de redução. O custo passou de R$ 1.819,68 em junho deste ano para R$ 1.849,58 em julho. Nos últimos 12 meses, a cesta básica teve um aumento acumulado de 4,65%. Esses dados fazem parte da pesquisa do Núcleo de Desenvolvimento Regional, composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos programas de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio e Pós-graduação em Economia da Unioeste.
O valor da cesta básica foi R$ 616,53 em julho deste ano, ou seja, 4,65% maior que o custo da cesta básica de agosto de 2022 (R$ 589,13). A coordenadora da pesquisa, professora Drª. Crislaine Colla, explica que a variação acumulada neste ano é positiva em 1,57% em Toledo.
Crislaine comenta que a pesquisa mostrou que o custo da cesta básica do município foi maior que o de Recife, Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos. “Em Cascavel, o custo ficou em R$ 636,53, isto é, 3,24% maior que o custo da cesta de Toledo (R$ 616,53). A diferença entre o custo da cesta básica de Toledo e de Cascavel diminuiu em relação a junho, porque em julho aumentou o custo da cesta básica de Toledo e reduziu-se a de Cascavel”.
Além disso, ao comparar o custo da cesta básica de Toledo com o de Porto Alegre, que apresentou a cesta básica com maior custo em junho (R$ 777,16), verifica-se que a cesta de Porto Alegre tem custo 26,05% maior que a de Toledo.
INDIVIDUAL – De acordo com a coordenadora da pesquisa, o custo da cesta básica individual passou de R$ 606,56 em junho de 2023 para R$ 616,53 em julho de 2023. “O custo da cesta básica familiar também apresentou um aumento de 1,64%, passando de R$ 1.819,68 em junho de 2023 para R$ 1.849,58 em julho de 2023”, afirma Crislaine.
Ela complementa que um trabalhador que ganha um salário-mínimo não teria condições de adquirir a cesta básica familiar, uma vez que o valor de R$ 1.849,58 ultrapassa o valor do salário-mínimo vigente em 51,48%, não conseguindo arcar com as demais despesas domiciliares mensais.
Segundo a coordenadora da pesquisa, o valor do salário-mínimo necessário para adquirir a cesta básica e suprir as despesas domiciliares mensais referentes à habitação, ao vestuário, ao transporte, entre outras, em julho de 2023 deveria ser de R$ 5.179,46.
Ao comparar o salário-mínimo necessário de Toledo e a média nacional para o mês de julho de 2023, observa-se que o valor nacional seria 26,05% maior que o de Toledo. “Deve-se levar em consideração que o salário-mínimo necessário de Toledo corresponde a 3,92 vezes o piso nacional vigente, que é de R$ 1.320,00”, menciona Crislaine.
PRODUTOS – Com relação aos itens da cesta básica, a coordenadora da pesquisa salienta que cinco produtos apresentaram aumento do preço médio. São eles: o tomate (9,55%); o pão francês (7,09%); a carne (3,90%); a margarina (0,21%) e o açúcar (0,17%).
Os dados ainda mostram que oito produtos apresentaram redução no preço médio no período: a batata (-14,68%); a banana (-6,72%); o arroz (-5,13%); a farinha de trigo (-3,79%); o leite (-2,34%); o óleo de soja (-2,28%); o café (-0,89%) e o feijão (-0,53%).
Crislaine ressalta que diante da variação total da cesta básica individual (1,64%) em julho deste ano, o aumento no preço da carne e do tomate representa o maior impacto para o aumento do índice. “A carne teve redução em todas as capitais analisadas pelo Dieese e Toledo não seguiu a tendência preponderante no mercado”.
Ela destaca que os produtos que apresentaram maior aumento de preços nos últimos 12 meses foram: o tomate, que acumulou aumento de 85,43%; a batata, que aumentou 21,69%; o feijão, com incremento de 10,19%; o arroz com aumento de 5,04%; a banana, com um aumento acumulado de 3,05%; o pão francês que aumentou 2,71%; e o açúcar com um pequeno aumento acumulado de 0,46%.
Crislaine observa que seis produtos apresentaram variação acumulada negativa, que seriam o óleo de soja, com uma redução de -35,10%; o leite que diminuiu -19,82% do seu preço; o café, que reduziu -13,71%; a farinha de trigo que reduziu -7,55%; a margarina com uma redução de -6,60% e a carne teve -1,81% de queda nos últimos 12 meses.
Ela ressalta que também se verifica uma redução do impacto e no índice no grupo de alimentação e bebidas para a variação da inflação (IPCA). “As reduções e as mudanças são importantes, porque o crescimento da inflação no grupo de alimentos tende a ter efeitos negativos mais significativos para a população de renda mais baixa, que constitui a maior parcela da população, pois essa utiliza parte substancial de sua renda para a compra de alimentos e são mais sensíveis às variações verificadas”.
Da Redação
TOLEDO