Custo da cesta básica de Toledo reduz mais de 1,5% em março

O custo da cesta básica de Toledo continua em queda. Pelo quarto mês consecutivo, o valor diminuiu no período entre fevereiro e março de 2023. A redução observada foi de -1,67%. Essas informações fazem parte da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo, referente ao mês passado e realizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo. O estudo faz parte de um convênio entre a Universidade e a Prefeitura Municipal.

A coordenadora Núcleo de Desenvolvimento Regional – responsável pela pesquisa – Profª. Drª. Crislaine Colla explica que nos últimos 12 meses, foi observada uma volatilidade no custo, mas o de Toledo do mês passado (R$ 587,44) foi de -8,61 menor que o custo de abril de 2022 (R$ 642,80), considerado um resultado positivo para o período.

Com relação a variação acumulada neste ano, verifica-se uma variação negativa de -3,22%. Ela revela que também houve uma redução do impacto e dos aumentos no grupo de alimentação e de bebidas para a variação da inflação (IPCA).

Crislaine destaca que esses tipos de reduções e mudanças são importantes, porque o crescimento da inflação no grupo de alimentos tende a ter efeitos negativos mais significativos para a população de renda mais baixa, que constitui a maior parcela. “Esse público utiliza parte substancial de sua rende para a compra de alimentos e são mais sensíveis às variações verificadas”.

PRODUTOS – Outra análise realizada em março é que dos 13 itens da cesta básica apresentados, apenas dois produtos apresentaram aumento no preço médio. Foram eles: a banana (8,29%) e o açúcar (6,84%). Por sua vez, nove produtos apresentaram redução no preço médio no período: a batata (-12,61%); o tomate (-9,15%); o óleo de soja (-5,96%); o feijão (-5,13%); a margarina (-4,47%); a farinha de trigo (-2,67%); o leite (-1,98%); o arroz (-1,73%); a carne (-0,95%) e o café (-0,13%). O preço médio do pão francês manteve-se estável entre fevereiro e março deste ano.

Crislaine ressalta que diante da variação total da cesta básica individual para março deste ano, que foi de 1,67%, a redução no preço do tomate e da batata representam o maior impacto para a redução do índice. “A redução só não foi maior por causa do aumento do preço da banana.

A professora recorda que os produtos que apresentaram maior aumento de preços nos últimos 12 meses foram: a banana que acumulou aumento de 14,29%; a farinha de trigo, que ampliou 12,21%; o arroz, que subiu 9,20%; o pão francês, com incremento de 7,72%; o leite, com aumento acumulado de 3,68% e a margarina que aumentou 3,58%.

Conforme Crislaine, a pesquisa demonstrou que sete produtos apresentaram variação acumulada negativa. São eles, o tomate com uma redução de -46,76%; a batata, que caiu -32,70%, o óleo de soja, que diminuiu -24,56%, assim como o feijão (-10,46%); o café (-9,86); o açúcar (-5,22%) e a carne que diminuiu o preço em -2,22% nos últimos 12 meses.

INDIVIDUAL – Diante dessas oscilações nos valores dos produtos, o custo da cesta básica individual passou de R$ 597,40 em fevereiro deste ano para R$ 587,44 em março de 2023.

A professora menciona que o custo da cesta básica familiar também apresentou uma redução de -1,67%, passando de R$ 1.792,20 em fevereiro deste ano para R$ 1.762,33 em março de 2023.

Ela pondera que “um trabalhador que ganha um salário-mínimo não teria condições de adquirir a cesta básica familiar, uma vez que o valor de R$ 1.762,33 ultrapassa o valor do salário-mínimo vigente em 46,33%, não conseguindo arcar com as demais despesas domiciliares mensais”.

SALÁRIO-MÍNIMO – Crislaine enfatiza que o valor do salário-mínimo necessário para adquirir a cesta básica e suprir as despesas domiciliares mensais referentes à habitação, ao vestuário, ao transporte, entre outras, em março de 2023 deveria ser de R$ 4.935,11.

Ao comparar o salário-mínimo necessário de Toledo e a média nacional para março, os estudos mostram que o valor nacional seria de 33,16% maior que o de Toledo. “Se deve levar em consideração que o salário-mínimo necessário do município corresponde a 3,79 vezes o piso nacional vigente, que é de R$ 1.302,00”.

Da Redação

TOLEDO

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