Dengue: com 451 casos confirmados, Toledo decreta situação de epidemia

Após uma piora no quadro observada nas últimas semanas, Toledo declarou, por meio de decreto assinado pelo prefeito Beto Lunitti no fim da tarde desta segunda-feira (18), que se encontra em situação de epidemia de dengue. De acordo com boletim divulgado na última quinta-feira (14) pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 451 casos da doença (439 autóctones e 12 importados) foram confirmados entre o início do ano epidemiológico (agosto/2021) e o dia 9 de abril, o que representa um aumento de 50,33% em relação à semana anterior.

Com este número de casos, Toledo supera a barreira de 0,3% da população que teve a doença no período, o que caracteriza, do ponto de vista técnico, uma epidemia. Por meio desse decreto, o município informa a situação e solicita providências cabíveis à 20ª Regional de Saúde e à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

A quantidade de pessoas com dengue pode aumentar ainda mais, pois havia, até o final da semana epidemiológica 14/2022, 295 exames aguardando resultado. Somando os casos confirmados, em análise e os 270 que já foram descartados, 1.016 pessoas com sintomas da doença (manchas avermelhadas na pele, dor abdominal, febre, dor no corpo, cansaço, entre outros) procuraram os serviços de saúde desde agosto do ano passado.

No ranking das comunidades com o maior número de pessoas que testaram positivo para a doença causada pelo Aedes aegypti, as dez primeiras posições ficaram com Centro (52), Paulista (36), Panorama (33), Pancera (30), Novo Sarandi (29), Boa Esperança (25), Operária (23), Pioneira (22), Gisela (21) e Coopagro (20). Em quantidade de focos do mosquito encontrados em imóveis, o pódio é ocupado por Coopagro (180), Concórdia (120) e Tancredo (100).

A coordenadora do Controle e Combate às Endemias, Lilian Konig, entende que é imprescindível a colaboração dos cidadãos no combate ao mosquito, impedindo que se reproduza em locais onde a água pode acumular. “Todos sabemos o que deve ser feito para prevenir a dengue. Tem que ‘cortar o mal pela raiz’, isto é, eliminar qualquer possibilidade de o mosquito se reproduzir, dando uma ‘geral’ no quintal ao menos uma vez por semana, tirando a água que se acumula em vasos, pneus, garrafas, calhas, plantas, entre outros lugares onde o mosquito deposita seus ovos”, salienta. 

A secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, enumera os cuidados que cada morador de Toledo, da cidade e do interior, precisam ter neste momento. “É importante procurar atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas e, principalmente, facilitar o acesso dos agentes de endemias às residências, pois só com estas vistorias conseguiremos frear a disseminação da dengue em Toledo”, comenta. “Dos 18 municípios da Regional, somos o 12º a entrar em epidemia, o que significa que fizemos de tudo para evitar que ela acontecesse, porém não foi possível. Por isso, pedimos para que a população realmente nos ajude e impeça a reprodução do Aedes aegypti em seus imóveis”, pontua.

Da Prefeitura de Toledo

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